Cidadão Acusa Diretores do Hospital do Prenda de Transmissão de VIH Em Cirurgia mal feita

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Após erro na troca de sistema de soro, jovem de 40 anos é infectado com VIH dentro do Hospital do Prenda. Cirurgia mal sucedida, falsificação de documentos, desaparecimento de médicos e ameaças de morte agravam o caso. O Ministério da Saúde e a direção do hospital permanecem em silêncio.

Abias Monteiro

O cidadão Arnaldo Lapa Armando José de 40 anos de idade que terá dado entrada no Hospital do prenda no dia 15 de Janeiro de 2024 foi internado logo a seguir com o objetivo de ser operado por conta do diagnóstico do relatório médico e ecografia de partes moles que foi feito no mesmo hospital e que davam conta de um abscesso na região inguinal do abdômen e uma fascite situada na coxa da perna direita.

No decurso do internamento houve uma troca do sistema de canalização de soro por parte de duas enfermeiras, quando o relógio marcava 20:42 minutos, sem que as mesmas tivessem dado conta que o sistema continha sangue de um outro paciente diagnosticado com o vírus do SIDA, na sala de internamento número 210 cama número 3.

Após o sucedido Arnaldo Lapa José foi transferido com o consentimento do doutor Tomás Cassinda Diretor Geral do Hospital do Prenda para sala número 204 do mesmo corredor.

Após três meses e diagnósticado com o VIH e SIDA por contágio, foi feita uma reunião em relação ao caso onde foi garantido ao jovem Arnaldo Lapa José, pelo diretor do hospital que entende de doenças infecciosas que não havia riscos de contágio e que o caso passaria a ser responsabilidade do hospital a partir daquele momento em parceria com o Ministério da Saúde pois que segundo o doutor Tomás Cassinda, colocaria à dispor seu amigo o advogado Paulo Joaquim Salvador Lima, com cédula profissional n° 4270, que supostamente conhece a Ministra da Saúde e que devia ajudar no processo de indenização. Lima chegou inclusive a falsificar uma procuração tendo-a entregado ao doutor Tomás Cassinda e este por sua vez fez chegar à vítima.

Segundo conta a fonte próxima ao jovem Arnaldo, Estiveram nesta reunião os seguintes membros com cargo de direção do hospital: o Doutor Boaventura, a Doutora Maria Castro, a enfermeira Brígida e o Enfermeiro Milton que é o chefe dos enfermeiros naquela unidade hospitalar e outros cujo nomes não teve acesso.

Esta declaração foi dada ao jovem no dia 30 de julho de 2024 assinado pelo diretor Tomás Cassinda e pelo Ministério da Saúde, certos de que assumiriam toda a responsabilidade em caso de estar contaminado com vírus do SIDA após passarem três meses desde a data do contágio, por conta do sangue encontrado no sistema de canalização do soro que lhe foi colocado.

Entretanto no dia 22 de Abril de 2024 Arnaldo José foi submetido à uma de cirurgia interna por decisão da equipa do Hospital do Prenda nomeadamente Dr Boaventura, Dr Roberto de nacionalidade cubana, Dr Nsimba, e a doutora Euflásia Bumba, que infelizmente para o paciente, foi mal sucedida, chegando até a cortar o umbigo, tecidos subcutâneos inclusive parte do intestino.

Para ocultar este erro de negligência médica, a direção do hospital, emitiu o título de alta para casa, alterando a data de entrada do paciente ao hospital para a cirurgia, para 8 de Abril, sendo que há um receituário dado ao paciente na mesma data, bem como a data da saída, para 29 de Abril de 2024,, com o estado de saída indicando “melhor”, mas documentos em posse do Jornal O Crime, provam contrário.

Perplexos questionamos: como é possível um paciente receber um receituário na mesma data em que dá entrada a uma unidade hospitalar?

Vale lembrar que a quando do seu internamento não havia sido diagnosticado como portador do HIV SIDA, segundo afirmou a doutora Euflasia Bumba, com o número 2334 atribuído pela Ordem dos Médicos de Angola, sendo que até hoje nunca mais se soube do seu paradeiro, bem como o teste realizado ao paciente no dia 28 de Abril de 2024.

De acordo com fontes e documentos em posse do Jornal O Crime, o cidadão foi tirado da unidade hospitalar às 21:40 do dia 25 de Abril daquele ano, três dias após a cirurgia, por um táxi privado de marca Yango sob orientação do Doutor Tomás Cassinda ao Executor dos seus planos macabros o Enfermeiro Martinho Ngunga sendo que o mesmo afirma que já é uma prática recorrente no mesmo hospital conforme diz no áudio. Entretanto, a Direção do Hospital,

Por factos que comprovam a veracidade da informação, que compromete o diretor Tomás Cassinda e equipa de direção do referido hospital, fontes próximas ao jovem Arnaldo, afirmam que o mesmo encontra-se escondido por temer ser assassinado por um suposto agente do Serviço de Investigação Criminal identificado por João Dias, que manteve contacto telefônico com jovem Arnaldo além de mensagens também analisadas por este Jornal, contratado supostamente pelo diretor Tomás Cassinda a fim de silencia-lo.

No desenvolver desta trama, um outro nome vem ao xadrez: José Solino Joel. Este por sua vez responde pelo cargo de Diretor da Inspeção Geral das Atividades Sanitárias e Farmacêuticas, que a seu turno e em conluio com o Doutor Tomás Cassinda que por sinal são familiares, teria vetado o documento que respondia a carta-denúncia feita pela vítima ao gabinete da Ministra da Saúde no dia 8 de Abril 2025, e respondida aos 15 de Maio do presente ano, mas entregue ao jovem Arnaldo na passada terça feira dia 22 do mês e ano em curso.

Diante da condição de saúde à que foi submetido e da vulnerabilidade financeira que Arnaldo e sua família têm enfrentado, viram-se obrigados a recorrer à pedidos de ajuda e denúncia pública a Luz do artigo 73 da Constituição Vigente, à organizações como a OMA, Ordem os Médicos de Angola, ao Grupo Parlamentar do MPLA, bem como à vice presidente do MPLA Mara Quiosa, mas até ao fecho desta matéria o jovem continua sem respostas.

Até ao momento, não houve qualquer pronunciamento oficial das autoridades competentes sobre o caso. Entretanto o Jornal O Crime acompanha este episódio de perto, para trazer o desfecho desta séries de atrocidades cometidas pela direção do Hospital do Prenda e seus parceiros.

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