Crime hediondo: MENOR DE 2 ANOS É TORTURADO ATÉ À MORTE E ATIRADO EM LIXEIRA

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Uma corda amarrada ao pescoço, cortes nas nádegas e costas queimadas, foi neste estado que o pequeno João Cunha, de dois anos de idade, foi encontrado dentro de um saco de arroz jogado numa lixeira junto à casa dos seus pais, algures no bairro Calemba 2, município do Kilamba Kiaxi. ido.

Engrácia Francisco 

Este é mais um caso de bradar aos céus, tal como tem vindo a se registar, nos últimos dias, o aumento de crimes violentos na cidade capital.

Sem dó, nem piedade, os assassinos do pequeno João Cunha, inocente e com toda uma vida pela frente, após consumação do bárbaro acto, jogaram o seu corpo numa lixeira, bem ao lado de um cão em avançado estado de decomposição.

Segundo apurou o jornal O Crime, o petiz esteve desaparecido de casa dos seus pais durante 24 horas. Na manhã de 21 de Maio, sexta-feira, por volta das 8 horas, Joãozinho brincava com o irmão gémeo e mais outros amigos, bem aos olhos da avó, na rua ao lado de casa. Tudo parecia tranquilo, até que, minutos depois, quase que num piscar de olhos, o rapaz desapareceu do meio dos demais. 

Por esta altura, a avó havia entrado para preparar o pequeno-almoço dos netos, quando saiu, já só estando um dos irmãos, pediu àquele que chamasse o outro, no caso o João Cunha, para o “mata-bicho”, entretanto, o que parecia ser nada, num instante, transformou-se em martírio.  “Nesta altura já só encontramos os seus calçados, e ele nada”, contou a velha Sofia, a avó dos menores, distante de imaginar que o pior havia acontecido com o neto.

Seguidamente, explicou, a procura estendeu-se um pouco por toda vizinhança, ainda assim sem sucesso. 

Com o clima tenso, avó Sofia disse ter mandado chamar o filho, no caso o tio da vítima, que, juntamente com amigos, procuraram por Joãozinho noite adentro, mas nenhum rasto daquele encontraram. No dia seguinte, sábado, 22, logo nas primeiras horas, enquanto um grupo de miúdos vasculhava um amontoado de resíduos sólidos na circunscrição, depararam-se com o corpo de uma criança dentro de um saco de arroz, ao lado de um cão morto, em estado avançado de decomposição, tendo sido, daí, que se soube que o menor havia disso morto. 

“Vieram aqui uns vizinhos a avisar-nos que o meu filho estava morto e jogado na lixeira, próximo ao supermercado “Nossa Casa”, disse Elisa Teca, a progenitora, lembrando que quando lá chegaram viram que, de facto, se tratava do filho até então desaparecido.  

Visivelmente magoada, Elisa explicou que o menor foi encontrado com vários sinais de tortura, pelo que se depreendeu que tinha sido um adulto a praticar tal barbaridade contra o seu filho. “Foi muito triste ver o meu filho naquele estado”, desabafou, sem esconder as lágrimas que lhe escorriam o rosto. 

Neste momento de profunda consternação, tudo que a família espera, agora, é que se faça justiça. Para eles, nada é mais adequado que a identificação dos presumíveis autores deste hediondo crime, e a responsabilização dos mesmos. “Esse crime não pode ficar empune, os culpados têm de pagar, porque ele era só uma criança inocente”, clamam. 

Populares temem pelas vidas dos filhos

Neste momento, reina entre a população da zona um clima de tensão e desconforto, pelo que muitos temem pelas vidas dos seus filhos. Aliás, não é para menos, tendo em conta a brutalidade usada pelos executores deste crime, que deixa o bairro em choque.

 “Tememos pelas vidas dos nossos filhos, o Joãozinho foi um inocente que, sem motivos aparentes, apareceu morto. Não podemos permitir que isso volta a acontecer”, dizem. 

O caso já é de domínio da Polícia Nacional, tendo sido lavrado um processo-crime com o número 4495/021.

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