Novamente a bordo da aeronave pilotada por JLO?
Se equipararmos Angola a uma aeronave, preferencialmente da nossa companhia de bandeira, a TAAG, com os problemas de gestão que conhecemos, podemos seguir a bordo para mais uma viagem de cinco anos, com início em 2022, ano eleitoral?
A minha questão, como vemos, tem que ver com a preferência dos angolanos face aos desafios eleitorais que se avizinham, tendo como paradigma a turbulência social na viagem prestes a chegar ao fim.
Eles, os familiares de JLO, hesitariam na hora do embarque para mais um exercício que se adivinha perturbador (todos os indicadores económicos e sociais assim prenunciam), embora pudessem avançar para não “deixar cair” o piloto.
Acredito que nem mesmo familiares seus, como a Primeira-dama, Ana Dias Lourenço, o seu irmão, Sequeira Lourenço, e os filhos quereriam repetir a amarga experiência. Acredito, repito, sem pretender influenciar segmentos da sociedade angolana.
Eles, os familiares de JLO, hesitariam na hora do embarque para mais um exercício que se adivinha perturbador (todos os indicadores económicos e sociais assim prenunciam), embora pudessem avançar para não “deixar cair” o piloto.
A forma “louca” como Angola é governada é resumida na trapalhada de Luanda, a capital de um país sem luz ao fundo do túnel, agora dirigida por Ana Paula de Carvalho.
Ver as prioridades do PR, num país totalmente às escuras, é tão desolador como seguir pessoas a morrer nos hospitais por falta de medicamentos ou em consequência da penúria alimentar. Perante o caos, o angolano “leva” com uma nova divisão administrativa…
É uma vergonha de governação que soa a insulto ao pacífico povo angolano!
João Lourenço tem como bandeira o combate à corrupção, mas os factos dizem que nenhum corrupto do topo está preso; o seu slogan de ‘Melhorar o que está bom e corrigir o que está mal’, olhando para a realidade, está sem pernas para seguir. O lema, o verdadeiro lema, fazendo jus aos factos, parece ser “piorar e piorar”.
O caso Lussati, recente, é apenas um dos muitos exemplos de que os esquemas de corrupção e enriquecimento ilícito continuam, até mesmo no palácio presidencial, bem às “barbas” do Presidente.
Um dos vários sinais de que João Lourenço é um piloto confuso é a forma como gere a província de Luanda.
Confesso que, passado algum tempo, considerável, continuo sem perceber as razões que o levaram a exonerar Luther Rescova de Luanda e a enviá-lo, como que por castigo, para o Uíge.
Mais confusão lançou com a exoneração, agora, de Joana Lina, à imagem de quem não sabe se anda à procura de competência ou incompetência. Mas, pudera, o que esperar de alguém que já chegou ao ponto de nomear um defunto?
Se quisesse realmente um político à altura, competente e destemido para as complexidades de Luanda, não precisava de “castigar” Luther Rescova, rendido por uma Joana Lina, que entrega o cadeirão à Paula Carvalho, que tem tudo para ser submissa (esperamos estar enganados).
Alguém de sã consciência consegue compreender o que vai à alma de um presidente assim? Se sim, aconselho a rever sua sanidade mental.
A nomeação da actual governadora começa a destapar o véu que encobre as decisões do PR. Tem, sim, o dedo da primeira-dama e, pior, quando ouvimos que o mesmo pretende transformar Carolina Cerqueira em vice-presidente, tendo em conta as próximas eleições. A ser verdade, será um claro sinal de que JLO pretende mesmo acabar com o MPLA.
Tenho lido, ouvido e assistido a casos de muitos angolanos que estão a sofrer com a péssima governação a clamar pelo PR no sentido de inverter o quadro.
Não gostaria de ser a pessoa indicada para informar a esses angolanos que João Lourenço não pode dar o que não tem, é um caso perdido. Portanto, tê-lo a pilotar novamente o ‘avião Angola’ soará a acto de suicídio, uma vez que de si já não se espera nada, pois não tem nada para dar…