OFICIAL SUPERIOR DA POLÍCIA NACIONAL COMETE SUICÍDIO

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 O Superintendente da Polícia  Nacional, André António Manuel, 54 anos de idade, terá cometido suicídio na madrugada do dia 13 de Agosto, na sua residência, sito no bairro Kilometro 12-B, no município de Viana, com disparo na zona da cabeça, elevando o número de efectivos da corporação que põem fim a suas próprias vidas.

 Felicidade Kauanda

André António Manuel, que em vida ostentava a patente de Superintendente da Polícia Nacional, exercendo as funções na Brigada de Segurança Escolar, no Icolo e Bengo, província de  Luanda. 

Pelo que, apuramos, horas antes do acto, o malogrado solicitou a esposa que o acompanhasse à farmácia, pois sentia fortes dores de cabeça. 

Depois de ter adquirido os fármacos, dirigiram-se a casa. Por volta das 4h00 da manhã, a família foi surpreendida com disparo de arma de fogo, quando chegaram até ao local em que André Manuel se encontrava o encontraram no chão já sem vida.

A  família, notificou imediatamente a  Polícia Nacional em Viana, que se deslocou ao local por volta das 5h00, com vários especialistas, incluindo um perito criminalística. 

Pelo que a esposa narrou diante dos efectivos, dias antes a vítima chegou de entregar o código dos cartões multicaixa à companheira, o que a surpreendeu. 

Uma fonte da Polícia que esteve no local, revelou ao Jornal O Crime, que junto ao cadáver, foi encontrado uma arma de marca AKM com um carregador, contendo nove munições, que serão usados como efeitos de exames balísticos.

No mesmo dia, após perícia feita ao cadáver e na residência da vítima, procedeu-se a remoção para o Hospital Josina Machel para a realização da autópsia. 

 Até ao momento, as reais causas que levaram o oficial superior daquela corporação castrense  a pôr fim à própria vida são desconhecidas. 

Breve histórico de suicídios cometidos por agentes da Polícia Nacional

Este não é o primeiro caso em que um efectivo da Polícia Nacional comete suicídio. Por exemplo, em 2019, um agente de primeira classe, de 48 anos de idade, decidiu retirar a sua vida, no município do Puri, província do Uíge, usando uma pistola, cujo disparo atingiu a região da cabeça. 

A vítima exercia as suas funções, há mais de dez anos, no Comando Municipal da polícia Nacional, no município do Puri. 

Após desentendimento entre três colegas, em 2022, aconteceu novamente uma acção do género, isto em Luanda, por volta das 6h00 da manhã, durante a passagem do Ano Novo.

Um agente, disparou contra dois colegas, alvejando ainda um transeunte nos membros superiores, tendo dado entrada ao Hospital Josina Machel. Um dos agentes sucumbiu no local e o outro no hospital. Após ter alvejado os colegas, cometeu o suicídio em seguida. 

Em Abril de 2023, em Luanda, um subinspector também cometeu suicídio e as causas ficaram por se apurar.

Um mês depois, um agente da corporação, afecto à Direcção Nacional de Comunicação e Imprensa do Comando Geral, pós fim à sua vida, por enforcamento em sua residência. 

Recentemente, em Junho, mais um efectivo chegou antecipar a sua morte, disparando em primeiro lugar contra a ex-companheira e posteriormente, optou em cometer suicídio. 

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