QUANDO O CRIME COMPENSA: cidadãos envolvidos na burla de mais de 100 milhões de kwanzas colocados em liberdade pelo juíz de garantia

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Sob alegada protecção de pessoas influente do país, os  cidadãos acusados de burla a mais de 200 pessoas, que sonhavam por uma moradia no projecto habitacional do Mayé Mayé, Em Luanda, foram postos em liberdade. Deste grupo, segundo a fonte deste Jornal, consta uma cidadã portuguesa, implicada em outras praticas ilicitas.

Leal Mundunde

Na ânsia de conseguirem casas nas centralidades do Mayé Mayé, Vila Pacifica, Zango e Kilamba, são vários os cidadãos que têm sido enganados por indivíduos que se fazem passar de funcionários de instituições públicas.

Para que não houvesse desconfiança por parte das vítimas, estes, entregavam documentos diversos, em nome da direcção Nacional de Gestão Fundiária e Habitação do Ministério das obras Públicas Urbanismo e Habitação

Destes, mais de 200 pessoas procederam entrega de valores que rondam aos 350 a 500 mil kwanzas, a quatro cidadãos que se faziam passar por  funcionários do Estado, com objectivo de adquirirem casas no projecto habitacional do Mayé Mayé.

Para que não houvesse desconfiança por parte das vítimas, estes, entregavam documentos diversos, em nome da direcção Nacional de Gestão Fundiária e Habitação do Ministério das obras Públicas Urbanismo e Habitação, da direcção dos Serviços Técnicos e Infrastruturas do Governo Provincial de Luanda e outros.

Da forma como era conduzido o processo, a mensagem chegava a várias pessoas, que aderiam ao negócio sem que desconfiassem de uma tentativa de burla. Neste  negócio antigo, há cidadãos que chegaram a pagar 46 milhões de kwanzas para beneficiarem de 40 casas para os seus familiares e amigos, o que não veio acontecer.

Os supostos burladores, muitos neste negócio há cinco anos, usavam várias artimanhas para acalmarem as vítimas, que perdiam as esperanças em função da demora.

Os mesmos, justificavam que a morosidade devia-se ao facto de existir residências invadidas e pela falta de conclusão de outras obras, em função do não pagamento a empresa encarregue na construção das habitações.

Em função das voltas dadas, muitos optaram em denunciar ao SIC, que desencadeou uma operação finalizada, no dia 10 de janeiro, com a detenção de Antónica Maria Sebastião, Carla Nazaré Lopes Curimba, Arsénio Inácio Miguel e Vaneza Nazaré Lopes Margarete Antunes, considerada como principal rosto do grupo.

Dois dias depois, o Director do Gabinte de Comunicação Instituicional e Impresa do SIC, Manuel Halaiwa disse que durante a detenção, foram encontrados molhos de chave, na posse dos acusados.

Manuel Halaiwa afirmou na altura, que as informações preliminares não indicavam o envolvimento de funcionários do Instituto Nacional de Habitação.

Dos relatos que chegam do Projecto Habitacional do Mayé Mayé, revelam que há cidadãos que adquiriram casas usando esta via, o que coloca duvidas do não envolvimento de funcionários do Estado neste processo.

Pelo que apuramos, Vaneza Nazaré Lopes Margarete Antunes, com dupa nacionalidade (Portuguesa e angolana), não é a primeira vez que vê o seu nome envolvido em tais praticas.

A mesma, é tida como uma das pessoas que tem feito o mesmo negócio para quem queira comprar uma casa na centralidade do Kilamba.

Alega-se ainda, que esteve ligada a recepção de valores para as pessoas beneficiarem de um  suposto Crédito da  Rede Banco Sol e para tal, tinham de pagar antes, uma quantia de 10 mil kwanzas, transferido no ibam: AO06.0044.0000-0287.6161.1035.8.

A nossa fonte avança ainda que, Vaneza Nazaré Lopes Margarete Antunes, usava um passe de beneficária da Presidência da República, Acusados encontram-se se em Liberdade Fontes do Jornal o Crime, contam que após a detenção dos suspeitos na venda ilegal de casas do projecto Mayé Mayé, falsificação de termos de entrega de chaves e documentos diversoss, foram ouvidos no SIC (processo número 123/24-05) e posteriormente pelo Juiz de Garantia da Comarca de Luanda, no dia 16 de Janeiro (processo PGR 23/24-C).

A fonte do Jornal O Crime, garante que, dias depois, os implicados foram postos em liberdade, por alegadamente terem pessoas influentes que os defendem.

Com o objectivo de obtermos a veracidade desta informação, contactamos o Director do Gabinete de Comunicação Instituicional e Imprensa do SIC Geral, Manuel Halaiwa, que disse desconhecer o assunto, tendo prometido pronunciar-se posteriormente a este jornal.

Antes do fecho desta matéria,voltamos a contactar o Director do Gabinete de Comunicação Instituicional e Imprensa do SIC Geral , sem sucesso.

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