MAU ESTADO DA PONTE SOBRE RIO CAMBAMBA: População e automobilistas enfrentam dias difíceis

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O desabamento da extremidade da primeira ponte sobre o rio Cambamba, na zona do Catinton, em Luanda, cortou a circulação de automobilistas, enquanto que os cidadãos pagam obrigatoriamente 200 kwanzas por cada travessia na ponte improvisada pelos jovens.

Leal Mundunde

Uma das pontes que liga o município do Kilamba Kiaxi e o distrito da Maianga, encontra-se com a extremidade partida desde a chuva que caiu em Luanda, em fevereiro de 2023.

A vendedora do mercado 1º de Agosto, no distrito da Maianga, Margarida Coelho, alegava
que a degradação da ponte começou ainda em 2011 e foi se agravando com o decorrer dos anos.

Testemunhas dizem, que naquele período, para permitir a passagem dos veículos e da população, foi entulhada nos dois sentidos, quer seja do Kilamba Kiaxi,como da Maianga.

Com esta medida, foi resolvido parcialmente o problema, mas a situação piorou, com a chuva que caiu em Luanda, nos últimos dias, pelo que apelam intervenção urgente das autoridades.

Neste momento, está cortada a circulação para os automobilistas.
Por exemplo, para os “homens do volante” que estejam no Catinton, têm de passar pelo Payol, seguindo pela via da fábrica de bloco, fazendo o contorno na Vila do Gamek, para chegarem ao Golf 2.

Outra alternativa encontrada pelos taxistas é a circulação pela rua do mercado da Madeira, contornando pelas três AAA.De seguida, efectuam a rotunda no Gamek,junto a Igreja Universal, com destino a Vila, para que consigam chegar ao Kilamba Kiaxi.

Um trajecto que poderia ser evitado, se a ponte estivesse em condições, como nos confirma o taxista Fernando Miguel, que aponta o mau trabalho na concepção do projecto em referência, como causa principal.

Com as dificuldades encontradas, os taxistas que desenvolvem actividade do Golf 2 para o Catinton e vice-versa, optaram em cobrar 300 kwanzas por viagem, para compensar a distância.

Tendo em conta ao péssimo estado das vias, Paulo Bungo confirma que em alguns casos, solicitam entre 400 ou 500 Kwanzas aos passageiros, sobretudo, quando chove bastante, como está acontecer actualmente.

“O caminho que usamos, tem muitos buracos, cheia de lama, as vezes com água e nossas viaturas estragam com facilidade, mas os passageiros não sabem reconhecer”, lamentou.

Socorrendo-se ao ditado, é no aproveitar onde está o ganho, os jovens do Kilamba Kiaxi, encontraram na situação como uma forma ideal de ganhar o pão.

Como mostram as imagens,criaram uma ponte alternativa, que facilita a passagem dos cidadãos.

Para cada travessia, não importa a Idade, nos últimos dias, o indivíduo é obrigado a pagar 200 kwanzas, um preço superior a tarifa normal da actividade de táxi.

Por outro lado, antes da chuva da passada quarta-feira, os cidadãos pagavam 100 kwanzas.

Jardel André, residente no Catinton, estuda numa das instituições de ensino na zona da Lixeira, no Kilamba Kiaxi.Normalmente, efectua a travessia para pegar o táxi.

Antes deste cenário, gastava somente 300 kwanzas para sair e chegar em casa.

A pesar do pagamento na hora da travessia, os populares correm ainda o risco de sofrerem assaltos.
“Mesmo com a Polícia nas imediações, a solução nem sempre chega a tempo”, lamentou um dos moradores do Kilamba Kiaxi, que acusa os homens da farda azul, de estarem mais preocupados em interpelar as viaturas.

Enquanto desenvolviamos o nosso trabalho, fomos alertados várias vezes, no sentido de termos cautela com os nossos meios.

Há habitantes que residem no Kilamba Kiaxi e na Maianga, têm familiares, amigos e desenvolvem suas actividades em ambos territórios.

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