GREVE GERAL DA FUNÇÃO PÚBLICA COM DETENÇÕES DE SINDICALISTAS E INTIMIDAÇÕES

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O primeiro dia de greve nacional a nível da função pública, que teve início às 7horas desta quarta-feira, dia 20 de Março,registou a detenção de três sindicalistas e intimidação de vários trabalhadores.

Leal Mundunde

As três centrais sindicais que convocaram a greve nacional que decorre até ao dia 22 de Março, denunciam que no primeiro dia da greve, registaram a detenção de trabalhadores nas províncias do Bengo e Huambo, por parte de efectivos da Polícia Nacional.

Tratam-se de Abrão Messamessa Faustino, pertencente ao Ministério da Educação, Narciso Chipalavela e Laurindo Chipesse Mário, ambos da Empresa Nacional de Electricidade (ENDE).

A organização, apela as autoridades no sentido de libertarem urgentemente os sindicalistas que lutam pelos seus direitos e dos demais cidadãos, sob pena de desencadeaream acção judicial contra os agentes da corporação.

De acordo as centrais sindicais, caso os trabalhadores não forem libertos, prometem levar a cabo manifestações públicas a nível do país.

Até ao momento, são desconhecidas as circunstâncias em que ocorreu a detenção dos três sindicalistas.

Fala-se também de intimidação aos trabalhadores do sector da Saúde, Educação e do Ministério da Justiça e Direitos Humanos, por aderirem a grave, o que consideram por violação a este Direito “constitucionalmente consagrado”.

A União Nacional dos Trabalhadores Angolanos – Central Sindical (UNTA-CS), Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), Força Sindical Angolana (FSA-CS), em comunicado datado do dia 20 de Março, reafirmam que, a greve visa o resgate da dignidade social dos trabalhadores angolanos.

No primeiro dia da greve, em que os trabalhadores do sector público foram chamados a manterem-se em casa, as três centrais sindicais falam em adesão na ordem dos 95 por cento.

A revisão do salário mínimo nacional da função pública para corresponder com o custo de vida da população, implementação prática dos subsídios de isolamento e instalação em todos as localidades, bem como, o desagravamento do Imposto sobre o Rendimento de Trabalho (IRT) na ordem dos 10 por cento e actualização dos subsídios previstos no sistema das prestações sociais (de aleitamento materno,funeral, de morte e abandono familiar), são algumas das reivindicações dos trabalhadores.

Durante o período de grave, os organizadores prometem que estarão a disposição da população vários serviços:banco de urgência, maternidade, Hemodiálise, cemitérios, água e energia.

Depois desta fase, caso não houver entendimento entre o governo e as três centrais sindicais, terá lugar a segunda fase da grave com início previsto para o período de 22 a 30 de Abril e a terceira, para 3 a 14 de Junho.

UNTA-CS, CGSILA e Força Sindical, a pesar da grave ser destinada para a função pública, apelam também a solidariedade de instituições privadas do país.

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