Quem protege os empresários israelitas mafiosos em Angola?
Empresários israelitas estão envolvidos em negócios ilegais, como diamantes, fuga ao fisco, exploração de menores. Muitos deles foram condenados pela justiça angolana, mas continuam impunes
Charles Leon Fink é um multimilionário de nacionalidade israelita e também belga, tido como cabecilha do grupo. Tal Eliaz e Royi Atia são os seus operativos de campo em Angola que, apesar de terem já sido condenados a 8 anos de prisão por abuso de confiança e branqueamento de capital, comercializam diamantes considerados de sangue, exploram menores e cometem fuga ao fisco. Ambos estão impunes e perpetrando vários outros crimes, como falsificação de registo criminal.
Tivemos acesso à acta do acórdão da 2.ª Secção da Sala Criminal do Tribunal Provincial de Benguela, datada de 2019.
Segundo o acórdão, ambos foram condenados a 8 anos de prisão, pelo juiz Milton Cafoloma, por branqueamento de capital e abuso de confiança.
Roy atia and Tal eliaz fake doc and cour
“Relativamente às exigências de prevenção a nível especial e a invocação subliminar da necessidade de socialização, estamos em crer que, partindo do discutível pressuposto da relevância da pena com tal finalidade, é certo que a aprendizagem pelos réus de valores de condução correcta da vida de acordo com a Lei e aquisição de competências que lhes permitam enfrentar as contigências da vida exige um longo período de aprendizagem”, lê-se no acórdão.
O acórdão sublinha que, a seu favor, militam circunstâncias atenuantes, nomeadamente ausência de antecedentes criminais, confissão parcial, natureza reparável do dano e encargos familiares, todas ao abrigo do artigo 39° Código Penal.
O acórdão assinala também situações gravosas , ou seja, como premeditação, pacto e acumulação de crimes à luz do artigo 34° do supracitado diploma legal.
“Ponderada a ilicitude global do facto, a culpa dos réus e as exigências de prevenção geral e especial, justifica-se a aplicação do cúmulo jurídico das penas nos termos do art. 102° do Código Penal, bem como a aplicação de uma pena de prisão efectiva que se situe entre os escalões da moldura penal concreta do cúmulo jurídico das penas e satisfaça as exigências de prevenção refendas”, lê-se no diploma legal.
“Outrossim, deve-se arbitrar aos réus uma indemnização para a cobertura de perdas e danos sofridos pelo ofendido. Nestes termos e pelos fundamentos aduzidos, o Tribunal em nome do Povo julga procedente e, conseguinte, decide provada a acusação condenar os réus em 8 anos de prisão”, acrescenta o documento.
Também tivemos acesso à decisão do Tribunal Supremo que reduziu a pena para 3 anos, posteriormente recorreram ao Tribunal Constitucional, que manteve redução das penas, para 3 anos .
“Resulta dos autos que os recorrentes Tal Elyaz e Royi Atia foram acusados, pronunciados, julgados e condenados na pena de três (3) anos de prisão maior pela prática dos crimes de abuso de confiança e branqueamento de capitais, previstos e puníveis pela conjugação do artigo 453.9 e do n.° 5 do artigo 421.9 ambos do Código Penal (CP) e o n.° 1 do artigo 60.9 da Lei n.º 34/11, de 12 de Dezembro, Lei do Combate ao Branqueamento de Capitais e do Financiamento ao Terrorismo em vigor a data dos factos”, lê-se no acórdão.
Curiosamente, mesmo depois de serem condenados na primeira instância e restantes, isto é, terem perdidos e terminados todos os recursos que recorreram, os dois empresários israelitas encontram-se em liberdade e a praticarem outros crimes, como se pode ver no registo criminal que Royi Atia diz ter retirado dos órgãos de justiça angolano para obter o passaporte português que para tal é obrigatório ter ficha limpa, mas ludibriaram as autoridades portuguesa com um registo criminal falso.
Eles continuam a cometer crimes
Este jornal teve acesso a vários e-mail trocados entre Royi e o chef de operação do Fink, identificado por Rafi Chen, avisando que recebeu 395 mil dólares que chegou do Congo e mandou para os companheiros mata, no Bote que fica na Lunda Sul.
No mesmo e-mail Royi pede para criarem uma loja na mata para ter cobertura da actividade ilegal dos diamantes que estão comercializar de forma ilegal. Este e-mail deixa claro que ele teme que, certo dia, seja preso ou acabe na cadeia, como alguns compradores.
Charles Leon Fink, o cabecilha
O Charles Leon Fink, mais conhecido como Chaim Fink, da parte do dinheiro ganhado na área do diamante ( inclusivo blood diamonds), comprou o controlo na empresa pública em Israel que se chama SHEMEN YIELDING REAL ESTATE LTD, registada sob o número 520023474, onde é Presidente do Conselho de Administração.
Sabe-se que Fink tem parte do seu dinheiro no banco UBS Switzerland AG e, numa conta pessoal, registada em nome Charles Fink.
A segunda conta, controlada por Chaim Fink, é da empresa Copper Beech Holdings Limited, criada em 2008, situada em 57/63 Line Wall Road, GX11 1AA, Gibraltar.
Blood diamonds
O sistema mafioso de negócios de diamantes de sangue de Chaim Fink teve inicio na Rússia, onde aquele empresário mafioso israelita-belga fez os seus primeiros milhões de dólares de forma ilícita.
Entretanto, o mesmo esquema de fuga ao fisco está a implementar em Angola, constituindo um sistema de segurança muito mais acessível, o que multiplica a sua fortuna prejudicando ainda o país .
Enquanto haver corruptos e antipatriotas nos vários sectores do país , Chaim Fink vai continuar a fazer bilhões e bilhões através dos seus homens Atia Eliaz e Royi Atia que se encontram em Luanda a receber os diamantes trazido por Rafi Chen que o homem de campo na Lunda- Norte e depois contrabandeado para o Chaim Fink.
Dudik Hazan, a vitima mais fresca da máfia Fink
Ao que tudo indica, Chaim Fink não tem limites para alcançar os seus fins, pois, quando em 2019, chegou a Angola, fez como primeira vitima o seu próprio compatriota identificado por Dudik Hazan, um empresário israelita que trabalha em Angola de forma legal no ramo de madeira, o gang de Fink o conseguiram colocar em maus lençóis , burlas e mentiras.
Segundo a nossa fonte, alegou que este empresário teria sido condenado em Angola, Reino Unido e Israel, mas como a mentira tem pernas curta publicamos também o registo criminal Dudik Hazan, apresentado por Israel e Angola. Como se pode ler, contra Dudik Hazan não consta absolutamente nada.
A pergunta que não se quer calar: é quem protege Chaim Fink, Royi e Atia que fazem de tudo contra o Estado angolano, mas nada os acontece?