O Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais (ISCPC) Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem é um local onde se esperava que fosse transmitido conhecido técnico-científico policial, mas foi transformado no conhecimento do ABC sobre a corrupção, denunciam fontes deste jornal.
Segundo as fontes do jornal ‘O Crime’, a corrupção no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais começa no ingresso nesta instituição . O candidato, que deve necessariamente efectivo da corporação, paga entre 600 e 1 milhão 500 mil kwanzas para ingressar no instituto.
“Só não paga este valor quem tiver um parente influente na estruturas do Ministério do Interior”, sublinharam as fontes .
Relativamente às raparigas que pretendem ingressar na instituição, as fontes dizem que muitas passam pelo famoso ‘teste de sofá’, ou seja, têm de se envolver sexualmente com altas patentes da Polícia Nacional .
“Isso não está certo, porque o critério para ingressar no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais é ser efectivo da corporação, técnico médio ou equiparado e ser submetido a um teste de aptidão, sendo que os candidatos podem ser de toda parte do país”, explicaram as fontes .
De acordo com as fontes, os líderes do esquema de corrupção naquele instituto têm rostos. Dentre estes, as fontes apontam efectivos os identificados por ‘Zaf’ e ‘Chambula’.
“Isso é do conhecimento da maioria, todos sabem que eles fazem isso, mas nada acontece. Aliás, o ‘Zaf’ e o ‘Chambula’ chegam mesmo a gabar-se que nada vai acontecer, porque não estão sozinhos no esquema”, disseram as fontes que preferiram o anonimato com medo de sofrer represálias.
As fontes explicam que a corrupção no Instituto Serra Van-Dúnem não se limita apenas ao ingresso na instituição, porque há também professores que cobram entre 15 e 50 mil kwanzas por disciplina, caso o estudante deseje aprovar.
Como prova de que a corrupção está tão enraizada no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais, as fontes citaram o caso do afastamento do director para a Área Académica, que em casos normais teria voz nos processos de ingresso, mas foi retirado da comissão de ingresso por causa do seu rigor académico e científico.
“Espantosamente, o director do Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais, comissário Andrewyong Victor de Andrade Inaculo, nada faz para conter a corrupção, uma vez que, apesar de se reconhecer que não faz parte do esquema de corrupção, é visto como muito complacente e, desta bondade, tem levado colapso do instituto, pelo que se apela a quem de direito a meter ordem o mais rápido possível. Afinal, o futuro da Polícia Nacional está cada vez mais em risco”, apelaram as fontes .