Acidente?: AGENTE DA PNA ALVEJA MORTALMENTE COLEGA DURANTE UMA OPERAÇÃO

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Um agente da Polícia Nacional de Angola (PNA), afecto ao Comando Provincial de Luanda, colocado na esquadra do Calemba II, identificado por Jeremias André Malungo, de 34 anos de idade, alvejou mortalmente na região do peito o seu próprio colega Manuel Kaquarta Luís Donga, de 27 anos de idade, durante uma operação.

Engrácia Francisco 

O caso ocorreu a escassos metros da esquadra por volta das 11h e 30 minutos, do passado dia 11 de Junho, quando três agentes afectos ao Comando Municipal do Kilamba Kiaxi, em serviço na esquadra do Calemba II, foram orientados a intervir numa ocorrência no interior do bairro. 

Os três agentes, apeados e armados, deslocaram-se até ao local do sucedido, na rua da EKA, no Calemba 2. postos lá, os mesmos detiveram um cidadão identificado por Acácio Laurindo Salvador, de 18 anos de idade, sob suspeita de agredir fisicamente a namorada Josefina João Macontina, de  16 anos, mas este tentou colocar-se em fuga, o que causou pronta reacção dos agentes. 

Na tentativa de neutralizar o suspeito, o agente da Polícia Nacional, Jeremias André Malungo efectuou um disparo a queima-roupa que atingiu na região do peito do seu colega. 

A vítima Manuel Donga foi ainda socorrido até ao Hospital Geral de Luanda, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer minutos depois. 

“Ele levou o tiro às 11h e 30 minutos e uma hora depois é que foi socorrido até ao hospital, porque não havia transporte para o feito”, lamenta Martinho Kaquarta Paquete, tio do malogrado. 

Familiares da vítima lamentam o sucedido e pedem justiça 

Manucho como era carinhosamente tratado, ingressou nas Forças Armadas Angolanas em 2016, foi soldado da Força Aérea. Em 2021, foi transferido para a Polícia Nacional onde trabalhou até a data da sua morte. 

“Naquele dia ele saiu de casa, disse que iria trabalhar, posto na unidade, recebeu uma orientação para detenção de um indivíduo que espancou a namorada e, daí, já não voltou”, recordou o tio. 

Manuel Donga, de 27 anos, deixou uma filha órfão de 13 anos, o seu corpo foi a enterrar no dia 15, no cemitério do Benfica. 

Segundo o Porta-voz da Polícia Nacional, Nestor Goubel, já foi instaurado um processo para se determinar as circunstâncias do crime e o principal suspeito Jeremias André Malungo encontra-se detido.      

Segundo o tio do malogrado, Martinho Paquete, a Polícia Nacional fez a entrega de alguns alimentos para o óbito, dado que “O Comando Provincial de Luanda deu um saco de arroz, um saco de açúcar, cinco litros de óleo vegetal e a esquadra do Calemba II, entregou o caixão”, disse o tio do malogrado.

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