AMOR ASSASSINO

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No dia em que era suposto reunir as famílias para resolver o diferendo que opunha o casal, residente no distrito urbano da Samba, em Luanda, Nuno Ricardo Maio, de acordo com relatos de testemunhas, motivado por ciúmes, assassinou a esposa, Volante Vilma, com vários golpes de faca e tentou o mesmo com o filho, de apenas um ano, mas este acabou salvo pelos vizinhos.

 Isabel Frederico

A história infeliz data de 26 de Abril do ano em curso, mas as supostas razões que motivaram o mau clima no seio do casal tiveram início quando, explica Agnelo Aimé, irmão da vítima, Volante Vilma descobriu a existência de uma amante do marido, por sinal residente no mesmo quintal.

Testemunhas ouvidas por este jornal alegam que desde a data do acontecimento, os parentes do suposto algoz não entraram em contacto com a família enlutada para apresentar sentimentos de pesar. No entanto, sabe-se que se encontram foragidos.

Apresentado os problemas às respectivas famílias de cada um, de modo a esquadrinhar vias para a sua resolução, curiosamente, na noite da data prevista para a reunião, por volta das 20 horas, a família foi informada da morte de Volante Vilma, efectuada pelo marido que, de seguida, ateou fogo à resiência.

No dia do incidente, enquanto era submetida aos actos de tortura, Volante clamava por socorro. “Os vizinhos tentaram abrir a porta, mas o meu cunhado não permitia”, conta o irmão da malograda.

Agnelo Aimé recorda que, não satisfeito com o que terá feito à esposa, Nuno Maio tencionava fazer o mesmo com o filho, de apenas um ano de idade, mas os vizinhos impediram que tal barbaridade acontecesse.

Filho está sob cuidados da família

O que seria uma história de amor, com um final feliz, acabou num terror. Volante Vilma e Nuno Maio tinham uma relação de mais de cinco anos e, fruto disso, veio ao mundo uma criança, agora com um ano de idade.

O pequeno José (nome fictício) não apenas assistiu ao pai a assassinar a mãe com golpes de faca, mas quase foi submetido à mesma situação pelo seu progenitor, não fosse a intervenção oportuna dos vizinhos. Actualmente, o menino está sob cuidados da família materna.

Logo depois de o acusado ter ateado fogo à casa, com a esposa dentro, tentou tirar a própria vida, também a facadas, mas foi encaminhado ao Hospital Josina Machel, vulgo Maria Pia, já acompanhado pelos efectivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC).

Seis dias depois, Nuno Maio recebeu alta médica e está, desde então, sob custódia das autoridades para os trâmites do processo em que é acusado, principalmente, de assassinato da sua esposa.

Os familiares de Volante Vilma atestam que Nuno Maio, de 46 anos, nunca demonstrou comportamentos agressivos, pelo contrário, era amigo da família. “Estamos inesperados. Não há razões que levam uma pessoa a esfaquear a outra por amor, isto não existe”, lamentou Agnelo Aimé.

Testemunhas ouvidas por este jornal alegam que desde a data do acontecimento, os parentes do suposto algoz não entraram em contacto com a família enlutada para apresentar sentimentos de pesar. No entanto, sabe-se que se encontram foragidos.

Mediante essa situação, os familiares da malograda clamam pela efectivação da justiça. “Ele foi infiel e quem paga é a nossa irmã? Queremos justiça”, clamam. 

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