As verdades da menina Tchizé que colocam em sentido o frágil e desleal Governo de JLO

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Se ainda existia alguma dúvida em relação à fragilidade do Governo de João Lourenço, o que parece pouco provável, tudo ficou, agora, dissipado. Falamos da fragilidade que vem sendo demonstrada neste processo para a transladação dos restos mortais do antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Não gostaria de avançar, porque estaria em contradição com a minha mente, sem antes deixar claro, outra vez, que, para mim, 

José Eduardo dos Santos e Jonas Savimbi são iguais: criminosos cruéis. Se um matou o seu próprio povo a tiros, outro matou com a gestão danosa responsável pela 

fome e por toda a desgraça que conhecemos. Sinto muito quando a minha memória, ainda hoje, claro, é tomada por cenários de mortes nos nossos hospitais, basicamente por falta de medicamentos, ou de famílias que vivem ao relento por falta de uma residência, a braços com a fome, sem dignidade. 

Mas não sou desonesto do ponto de vista intelectual para não reconhecer qualidades em ambos, Dos Santos e Savimbi. 

Mas é do primeiro de quem falamos. Destaco a lealdade que sempre teve para com os seus correligionários. José Eduardo dos Santos, digamos, viveu e morreu pelo MPLA. Nunca pelos angolanos, lamentavelmente. 

Para se chegar a esta conclusão, basta olharmos para o número de dirigentes do MPLA ricos num país miserável. É o resultado de 38 anos de poder. 

A sua filha Tchizé dos Santos, que hoje centraliza as atenções, 

disse que JLO devia agradecer a JES pelo resto da sua vida. “O meu pai deu tudo que João Lourenço tem hoje, até para ser presidente foi o meu pai que o tornou”. 

Alguma duvida? Pensamos que não. 

Mas na condição de João Lourenço estão todos os dirigentes daquele partido, sendo certo que, de uma ou de outra forma, devem favores a JES. 

Outra característica de JES foi manifestada por Virgílio de Fontes Pereira por ocasião do velório, quando recordou o período do acidente que quase lhe tirou a vida. “Se hoje estou vivo, graças a José Eduardo dos Santos, por isso, eu e a minha família, somos eternos gratos por isso”, recordou.

Foi assim que aquele antigo PR governou o país, enquanto, o povo morria nas unidades hospitalares publicas e privadas do país por falta de condições, os seus eram atendidos nas melhores clínicas do mundo. Esta prática ainda existe hoje, caso Nagrelha é um exemplo.

A privilegiada Tchizé dos Santos, nesta altura de aflição, teve ainda a capacidade de reconhecer que os que estão hoje solidários à desgraça da sua família são aqueles que o seu pai mais prejudicou, são os cidadãos, o povo. 

“As pessoas que mais lutam pelo José Eduardo dos Santos hoje em dia são aqueles por quem ele não fez nada, e as pessoas por quem ele fez muito são os mais ingratos, são os que querem lhe ver mal, os que querem ir fazer teatro, falsidade no seu funeral, são esses bandidos do MPLA, que durante o tempo em que o José Eduardo dos Santos estava vivo aceitou a proibição que João Lourenço fez, foi proibido que constasse o nome do José Eduardo dos Santos em qualquer documento do MPLA. O João Lourenço gastou 30 a 40 milhões de dólares ou euros para imprimir novas notas para tirar a cara do José Eduardo dos Santos das notas”. 

O que dizer disto? O povo a viver em extrema miséria e o PR a gastar milhões em perseguições por sentimentos de inveja, raiva e arrogância. Não é justo!

Por outro lado, o que também me preocupa é a falta de carácter ou consciência de muitos angolanos que são uma espécie de sem noção e Maria vai com todos. 

As eleições serão no próximo mês, é preciso frieza e reflexão na hora da escolha dos dirigentes. 

Muito cuidado, porque o ingrato ou traidor não reconhece ninguém!

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