Jovem morto no Prenda: TESTEMUNHAS AFASTAM TENTATIVA DE ASSÉDIO A NAMORADA DO AGRESSOR

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Segundo testemunhas, André Manuel, jovem enfermeiro, não “bateu” nas nádegas da moça, simplesmente houve um “ligeiro toque involuntário”, originado pelo estreitamento da passagem. Porém, o namorado daquela acabou por retirá-lo a vida.

Por: Rosa Afonso

No dia do incidente, domingo, 23 de Agosto, fontes do ‘O Crime’ referem que Anabela (nome fictício) estava parada ao lado do carro do suposto namorado, estacionado na estreita rua da Mulembeira. Na ocasião, para chegar à casa, André Manuel, a vítima, precisava passar pelo pequeno espaço que havia restado entre a viatura, a jovem e o referido beco. Ao passar, dizem, “houve um ligeiro e despropositado” toque do braço da vítima às nádegas de Anabela, que, ao sentir a mão do jovem, rebelou-se contra ele, até à chegada do parceiro.

“Ele tocou sim, mas não foi intencional”, atestou um vizinho, para depois dizer que, apesar das desculpas e de a ter mostrado a sua aliança, para provar que é um homem comprometido. Lucas Ganga, o agressor, não quis perceber. “Empurrou-lhe contra a parede e, ao embater com a cabeça, caiu inanimado”.

Agressor já sob custódia

Minutos mais tarde, depois de os presentes terem accionado a Polícia, foi possível a detenção do acusado, bem como levaram a vítima, enfermeiro  de profissão, ao Hospital do Prenda, onde se confirmou a morte, por traumatismo craniano, causado pelo golpe que sofreu.

“Não sei de onde aqueles jovens saíram, nunca os vi na minha vida. O meu marido não tinha problemas com ninguém. Até agora não consigo perceber porquê isso aconteceu”, lamenta a viúva, Nazaré Manuel, ao abordar o comportamento agressivo do acusado, que culminou com a morte prematura do seu esposo.

Já Conceição Aspirante, a mãe do malogrado, revelou que, além de filho, André Manuel era um excelente marido, pai, dono de casa e responsável pelo sustento da família. “Ele era o único que trabalhava, não sei como fazer para sustentar as minhas netas”, lamentou.

Porta-voz do CPL “finta” imprensa

Após serem levantadas dúvidas sobre a situação carcerária de Lucas Gonga, este jornal solicitou esclarecimentos ao porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, inspector-chefe Nestor Goubel, que, na primeira ligação, garantiu que retornaria a chamada tão logo recolhesse informações sobre o assunto.

Nos dias subsequentes, o responsável pela Comunicação Institucional e Imprensa da corporação, não só deixou de cumprir com a sua promessa, como evitava atender as ligações feitas pelo ‘O Crime’.

Contudo, o advogado constituído pela família do malogrado confirma a detenção de Lucas Ganga, bem como da alegada namorada, que apresentou-se voluntariamente para prestar depoimento, tendo sido já instaurado um processo crime sob o n. º 7386/020/MA.

De recordar que André Manuel, cujos restos mortais já repousam no Cemitério do Benfica desde o passado dia 27, era enfermeiro e deixa viúva e duas filhas menores, de 4 e três meses.

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