Detida por assalto: CIDADÃ DIZ TER SIDO INFLUENCIADA PELO NAMORADO

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Luzia Domingos António, de 20 anos de idade, foi detida por ter sido considerada cabecilha de um crime de latrocínio contra um cidadão estrangeiro que, por sinal, era também seu namorado.

Isabel Frederico

Trata-se de uma jovem de 20 anos de idade, identificada por Luzia Domingos António, mãe de uma menina de 3 anos, que mantinha uma relação amorosa com dois indivíduos, um de nacionalidade da Guiné Conacri e outro Angolano, ambos residentes, no distrito Urbano do Zango 1.

O facto remota o dia 31 de Julho do ano em curso, por volta das 21 horas, quando a acusada terá arquitectado o assalto, no sentido de roubar a motorizada de seu namorado estrangeiro, que, em vida se chamou Mamadou Gandu Bha, de 36 anos de idade, que depois de comercializar a moto, receberia como recompensa o valor de Kzs 50.000,00.

Já com tudo planeado, a jovem pediu de forma insistente que a vítima lhe desse boleia até à casa de sua tia. Durante o percurso, Luzia do nada, solicitou que parasse a motorizada porque precisava urinar. A jovem entrou numa residência, supostamente de sua amiga, e logo depois, os seus comparsas, que já se encontravam no local, entraram em acção.

De acordo com o Porta-voz do SIC-Luanda, Fernando de Carvalho, os indivíduos que pretendiam roubar a motorizada do cidadão, a mando de Luzia António, confrontaram a vítima, e este, mostrando resistência, acabou sendo alvejado mortalmente com um tiro na região do abdómen.

O irmão da vítima, Ibraim Bha, diz nunca ter visto a jovem, e não tinha conhecimento da relação entre ambos.

Será arrependimento?

Segundo contam as testemunhas, depois de Mamadou Gandu Bha ter sido baleado, a acusada, aproximou-se ao corpo do malogrado, estendido sobre o chão, colocou-se aos gritos, choros, e acusava-se da morte do mesmo.

Luzia Domingos António, declarou a este jornal que o combinado era apenas de dar um susto e receber a motorizada da vítima, mas assim não aconteceu. O seu comparsa, por sinal namorado, apareceu com um amigo que portava uma arma de fogo do tipo AKM, cano cerrado, que usaram no crime. “Eu insisti que ele não matasse, mas fez o contrário”, frisou.

Segundo a acusada, manteve uma relação amorosa com o cidadão nacional, durante um ano, e assegura nunca ter visto seu namorado envolver-se em acções criminosas. “Normalmente não falamos destas coisas”, disse.

Luzia diz estar arrependida, principalmente pela filha de 3 anos, que ficará sem o colo materno porque a mãe terá que prestar contas com a justiça. “Estou muito arrependida por ter feito isto.

Eu nunca coloquei os pés numa cela e agora, por não medir as consequências, vim parar aqui”, frisou, aos  choros.

De acordo com o Superintendente-chefe, Fernando de Carvalho, tão logo os oficiais do Serviço de Investigação Criminal/Viana tomaram conhecimento do infausto, desdobraram-se acções operativas, que culminou com a detenção da chefe do grupo, e mais dois elementos implicados no crime, estando um em fuga.

Fernando de Carvalho acrescenta que “estão em curso as diligências para a captura do elemento prófugo, bem como, a recuperação da motorizada e a arma utilizada na acção criminal”.

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