DTSR já no papo: Ministro do Interior coloca em prática plano de domínio da PNA

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Como já era de esperar, e sobre o olhar pávido e sereno do comandante-geral da Polícia Nacional, Arnaldo Carlos, o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, agora, sem qualquer barreira, começou a meter em prática o seu plano de tomar de assalto os bens da PNA, com o regresso da BullRay-Cit, na gestão e exploração do sistema informático da emissão de carta de condução e livretes da Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária (DTSR)

Depois de três anos afastada da gestão e exploração do sistema informático da emissão de carta de condução e livretes da circulação de veículos, multas e de mais outros softwares, a BullRay-Cit regressa com força ao controlo do sistema informático da Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária (DTSR).

Em despacho datado de 25 de Março do corrente ano, a que este jornal teve acesso, o comandante-geral da Polícia Nacional, Arnaldo Manuel Carlos, determinou a criação de um grupo técnico para a reposição do sistema informático, instalado na Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária da PNA, com plenos poderes de rever todo sistema informático da DTSR, para possibilitar o regresso da empresa BullRay, na gestão desses serviços. Curiosamente, na equipa criada, estão excluídos a participação de Elias Livulo, director de Trânsito e Segurança Rodoviária, não foi tido nem achado, por alegadamente falta de confiança em si por parte do comandante-geral, Arnaldo Carlos, e do ministro do Interior, Eugénio Laborinho, assim como do seu director ajunto, Roque Silva e dos chefes de departamento.

O grupo é coordenado pelo intendente Domingos Satchitela e integrado pelo intendente Custódio Soares, da Direcção de Infra-estruturas e Equipamentos, subinspector Mário Kiala Queiroz, da Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária, inspector Joel António Cadete, da Direcção de Telecomunicação e Tecnologia de Informação, subchefe Felisberto Tchimuagata, da Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária e, por fim, pelo agente Tunísio Pedro, também da DTSR.

Curiosamente, o comandante-geral colocou, como coordenador da comissão, o intendente Domingos Satchitela, que, há três anos, foi afastado por estar implicado em esquemas de aproveitamento de receitas provenientes dos emolumentos devidos da DTSR para o seu benefício.

E não é tudo, pois, no referido despacho, o comandante-geral ordena para as operações de reinstalação do sistema a colaboração da BullRay-Cit, empresa de infra-estrutura tecnológica, que estava afastada há três anos por mau funcionamento, e sobre facturação dos preços da emissão dos livretes e de carta de condução e da montagem dos sistemas informático à nível provincial.

Fontes deste jornal, confidenciaram que todos os sistemas informático concebidos e montados pela BullRay, nunca tiveram durabilidade no seu funcionamento.

Sistema de emissão de livretes passa para o MININT

Outro dado novo das recentes mexidas, na DTSR, é a transferência para a direcção de Infra-estruturas e equipamentos do ministério do interior parte do sistema de emissão dos livres sobre pretexto de facilitar a emissão deste documento para as viaturas a cargo do Ministro.

A mesma fonte, revela que o promotor destas manobras é o comissário Carlos Albino, director de Infra-estruturas e Equipamentos do Ministério do Interior e antigo director adjunto da viação e trânsito.
Para as nossas fontes, tudo isso não passa de tácticas para facilitar as negociatas da emissão deste tipo de documento.

“Não há explicação plausível que justifique esta medida, a não ser facilidades de negócios, uma vez que recentemente a DTSR foi alvo de uma inspecção e auditoria às suas contas pela Direcção de Inspecção do Comando-Geral da Polícia Nacional, ordenada pelo Ministro do Interior, Eugénio Laborinho, através do comandante-geral da Polícia Nacional, Arnaldo Carlos e nada foi encontrado de ilegal”, frisou a nossa fonte.

A inspecção foi conduzida pelo inspector-geral da Polícia Nacional, comissário – chefe Albino Abreu (Xaxa).
O motivo da referida inspecção deve-se ao surgimento da empresa Jupiter, que tinha sido chamada para desenvolver uma nova plataforma informática para a gestão dos sistemas integrantes de emissão de carta de condução e livretes.

Fontes ouvidas por este jornal informaram que a referida auditoria foi satisfatória no que concerne às receitas resultantes das multas e outros emolumentos cobrados, no quadro do serviço prestado pela Jupiter.

As mesmas fontes avançaram que há dois anos, que a DTSR submeteu através do Comando Geral a proposta ao ministro do Interior, a levar a proposta para a autorização de celebração do contrato ao titular do poder executivo que simplesmente ignorou porque pretendiam que a BullRay-Cit continuasse à gerir o sistema informático da DTSR, pelo que se sabe a BullRay, é uma empresa que pertence e é gerida pelo superintendente chefe Rui Bram, alegadamente familiar do Eugênio Laborinho e, actualmente, exerce a função de conselheiro do ministro do interior voltando assim ao esquema antigo dos grandes negócios.

BullRay é uma empresa que está situada por detrás das instalações da DTSR, e é também responsável pela gestão do sistema informático do Serviço de Migração e Estrangeiros, Serviço Prisionais e Serviço de Protecção Civil e Bombeiros. Pelo que se sabe a Júpiter é a empresa responsável pela gestão financeira do país, contratada pelo ministério das Finanças. É caso para dizer ‘Aja homem’.

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