Justiça por mãos próprias: JOVEM É ESPANCADO ATÉ À MORTE

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Associado a um grupo de assaltantes que subtraíra um quadro de motorizada numa residência, algures no Golf 2, em Luanda, Leonardo Pedro, 19 anos, foi brutalmente espancado por populares, no pretérito dia 6 de Junho, tendo ficado completamente desfigurado. 

Costa Kilunda 

Para a prática do crime, os revoltosos, em mais de cinco elementos, usaram vários objectos contundentes, estando um deles já a contas com a Polícia.

De acordo com a mãe do infeliz, os carrascos do filho deixaram-no sem os dentes, uma abertura na cabeça e separaram-lhe os pés do resto do corpo, usando, para isto, uma catana.

“Estava muito mal, muito mal mesmo”, recordou  Maria António Alberto, que quase não reconhecia o filho. 

Alguns vizinhos reconheceram um dos envolvidos daquele bárbaro acto, mas, explicou a senhora, quando se dirigiram à residência do suspeito, para uma eventual revanche, não mais o encontraram. “Nem ele, nem a família”, afirmou, acrescentando que não se sabe o paradeiro daquele.

No entanto, lembrou, a família fez algumas diligências e descobriu a morada de outro presumível envolvido, que já foi capturado. No entanto, “a sorte sorriu” para este, pois, quando se preparavam para lhe darem, uma sova, eis que a Polícia apareceu e o manteve sob custódia.

Todavia, com a introdução das autoridades no caso, nada mais a família pôde fazer, a não ser rogar por justiça, pois, segundo eles, o seu ente era inocente. Aliás, assevera, ainda que se fosse culpado, não merecia tamanha crueldade. 

Segundo contaram os parentes da vítima, o cidadão agora detido já foi presente ao Ministério Público (MP), junto do Comando de Divisão da Polícia do Kilamba Kiaxi, no projecto Nova Vida, que o interrogou e instaurou um competente processo-crime (405/2021-MP) sobre o caso. 

“Ele implorou para que não o matassem, mas sem sucesso!”

A frase, repetida várias vezes durante a entrevista com a mãe, Maria Alberto, denota bem o desejo de vingança desta família, mais a mais, quando se recordam da brutalidade com que os suspeitos esquartejaram o seu ente, a ponto de eles quase não o reconhecerem.

“Não queria acreditar que se tratava do meu filho”, desabafou.

Apesar de reconhecer que o agora finado filho ser amigo de alguns elementos com comportamentos nada abonatórios, no entanto, recusa-se a admitir que aquele pertencia a grupos de marginais. “De grupo? Não sei”, diz, reiterando que o filho não era membro de uma gangue. 

Já o cunhado do malogrado, que se identificou apenas por Mário, contou que conselhos não faltaram ao jovem, não obstante reconhecer que aquele era livre de fazer as suas escolhas. “Pedi-lhe que ficássemos em casa, até porque era domingo, mas preferiu sair”, lembrou, para depois concluir que, infelizmente, não mais regressou com vida.

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