Lussaty revela em tribunal: ”Agentes do SINSE, a mando do Miala, sequestraram-me, torturaram-me, além de terem ficado com tudo que é meu”

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O major Pedro Lussaty começou a ser ouvido na segunda semana do julgamento e, dentre outras coisas, revelou que foi sequestrado por elementos dos Serviços de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE), alegadamente a mando de Fernando Garcia MIala, que o torturaram e receberam todos os seus bens.

Jurelma Francisco

O julgamento, que teve início no passado dia 19, continua a decorrer à porta fechada, no Instituto Nacional de Estudos Jurídicos (INEJ), sito no Nova Vida.

No entanto, apesar de o julgamento estar a decorrer à porta fechada, este jornal tem feito tudo para manter os seus leitores informados sobre o que se passa naquela sala de audiência.

Ao tribunal, Lussaty explicou que, no mês de Maio de 2021, foi sequestrado por agentes dos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), a mando de Fernando Garcia Miala, com objectivo de ficarem com os seus bens.

“Fui retirado da minha residência e levado em parte incerta, onde me torturaram até fracturar uma das pernas, vandalizaram a minha casa e ficaram com todos os meus bens”, disse.

Para Lussaty, tudo aconteceu, curiosamente, num período em que mantinha uma relação com uma das filhas do chefe da secreta, Fernando Garcia Miala.

“Comecei a ser seguido por agentes do SINSE, entretanto, fui alertado e aconselhado para sair do país, porque a minha vida corria sérios riscos, mas não fiz caso, visto que não tinha problemas com ninguém”, frisou.

Já na terça-feira, 25, Lussaty foi submetido a uma acareação com o também arguido, mas solto, Hermen Tchaunda, filho do general Tchauda, porque na acusação o Ministério Publico deduz que Pedro Lussaty entregava dinheiro a Hermen Tchaunda, o que foi desmentido.

Em actualização…

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