NO CUANZA NORTE: DOCENTE DA ESCOLA SUPERIOR PEDAGÓGICA SOFRE AMEAÇAS DE MORTE

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O Doutor Paxi Pedro, docente universitário da Escola Superior Pedagógica do Cuanza Norte (ESPCN), tem estado a receber recorrentemente ameaças de morte, vindas de indivíduos anónimos que se fazem passar de estudantes daquela instituição.

Leal Mundunde

A história começou em maio deste ano, quando elementos desconhecidos dirigiram-se a sua residência com subterfúgio de entregarem um envelope ao Dr. Paxi Pedro.

Naquela altura, os mesmos, avistaram-se na porta com a irmã do também especialista em Psicologia, mas estes recusaram-se a entregar o envelope, afirmando que somente poderiam fazê-lo na sua presença.

A vítima, recorda que a sua irmã, convidou um dos elementos a entrar, a fim de o fazerem chegar pessoalmente, mas recusou-se, tendo se retirado em seguida sem que entregasse o artigo, o que levantou suspeitas das reais intenções.

No dia seguinte, isto é, a 21 de Maio, o interlocutor avança que recebeu uma mensagem anónima no seu telemóvel, onde o seu remetente afirmou que o docente tem tido o hábito de reprovar os alunos, prometendo acabar com a sua vida como e quando quiser, por conhecer devidamente os seus passos.

Na sequência, fez participação ao Serviço de Investigação Criminal. O contacto em questão, mantém-se desligado até a presente data e desconhece o resultado das investigações.

O também comentarista do programa O Crime na Rádio, um espaço do Jornal O Crime, emitido na Rádio Prenda, afirma que há mais de dois anos que nas suas turmas não se regista reprovações.

“Sou dos poucos e quiçá o único docente onde o aluno com nota nove em função da presença, assiduidade e comportamento, eu adiciono mais valores e eles transitam”, acresceu.

O episódio voltou acontecer no passado dia 19 de Julho, altura em aplicou uma das provas.Na missiva, o suposto estudante descreveu estar decepcionado por observar turmas cheias de colegas que foram ao recurso, prometendo assassinar o seu “mestre da academia de ensino”, caso haja reprovações.

O Dr. Paxi Pedro, suspeita que podem não ser realmente estudantes por detrás destas ameaças, desconfiando ser elementos que eventualmente encontraram este caminho para que não sejam identificados com maior facilidade.

Após o ocorrido, ligou ao mesmo número, chamou, não atendeu e imediatamente o indivíduo desligou o contacto até ao momento.

Nesta segunda-feira, 22 de Julho, junto ao SIC Ndalatando, após ter feito participação a este órgão de investigação, alegadamente o agente orientou que contratasse um advogado para dar sequência ao processo, resposta que deixou preocupado a vítima destas mensagens, que esperava outra medida deste órgão, para a descoberta dos verdadeiros autores desta acção, dado ao risco que corre.

O entrevistado, recorda que em 2020, ajudou alguns estudantes que tinham recurso directo, para efectuarem os exames.”Curioso, pegaram em 73 mil kwanzas, deram-me, peguei neste dinheiro”, escreveu uma carta que endereçou ao Gabinete Jurídico da Escola Superior Pedagógica do Cuanza Norte, denunciando os mesmos.

Para o seu espanto, conta que a instituição fez três meses para responder e no final, o resultado foi a seu desfavor:”instaurou-se uma censura disciplinar”.

De modo a reverter o quadro, o docente contratou advogados, que junto ao Ministério do Ensino Superior recorreram da medida, cujo desfecho ao seu favor aconteceu um ano depois.

O docente que teme pela sua vida, clama as entidades de direito, que o ajudem, pois, as ameaças são recorrentes, inclusive soube de dois colegas que perderam a vida alguns anos, em circunstâncias estranhas, sendo o último por envenenamento e não se conhece o desfecho das investigações.

“Não sabemos o que venha acontecer nos próximos dias comigo” acrescentou, o docente que trabalha em Ndalatando, província do Cuanza Norte, uma cidade que descreve de ser pequena, em que a maioria ou quase todos se conhecem.

Este é um dos assuntos que vamos trazer com mais detalhes na próxima edição do programa O CRIME NA RÁDIO, no sábado, dia 27 de Julho, das 10h00 as 12h00 na Rádio Prenda, frequência 105.3, com transmissão na nossa página do Facebook “O CRIME”.

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