MORADORES EVACUADOS DO LOTE 1 MARCAM VIGILIA: famílias negam realojamento no Mayé-Mayé

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Moradores do edifício Lote 1, no bairro Prenda, em Luanda, evacuados recentemente devido ao tremor do edifício, rejeitam proposta das autoridades de realojamento provisório na zona do Mayé-Mayé, em Cacuaco, por falta de condições. Em protesto marcam vigília.

Leal Mundunde

Desde o passado dia 22 de Abril que se registou tremor no edifício Lote-1,que os moradores continuam a residir em casa de familiares, amigos e alguns ao relento, por falta de realojamento num local que confere segurança.
Passados quase um mês, são vários os encontros realizados com as autoridades com objectivo de se encontrar solução do problema.
Nos últimos dias, foram informados que vão ser realojados provisoriamente no projecto habitacional Mayé-Mayé, no município de Cacuaco, em Luanda.
Em reacção, as famílias negam a proposta das autoridades, alegadamente pela baixa qualidade das habitações e do meio.
Os moradores alegam que, residem numa zona urbanizada, enquanto a proposta apresentada está localizada numa zona periférica e precária.
Em declarações ao Jornal O Crime, Licínio Fortes, um dos moradores que tem participado nos encontros com as autoridades, referiu que, recentemente algumas famílias visitaram o Mayé-Mayé, o que constaram não os deixou satisfeitos.
Licínio Fortes avança que comparativamente ao Prenda, em que têm acesso a vários serviços, no Mayé-Mayé a situação é diferente, olhando para a mobilidade da população, segurança, educação, saúde e outras questões com impacto ao rendimento das famílias.
Segundo informações, os moradores sugeriram que o realojamento fosse feito, na Vila Pacífica, Centralidade do Kilamba, KK 5000, Edifícios da Cidadela Desportiva, Nova Vida e no Zango 8000, por possuir melhores condições.
De acordo a fonte, o posicionamento das autoridades mantém-se.

Sobre esta situação, contactamos a administradora municipal de Luanda, Milca Caquesse, tendo confirmado que foi proposto aos moradores o realojamento ao Mayé-Mayé, mas a população local nega-se aceitar e promete dar mais pormenores sobre o assunto brevemente.
De modo a verem o problema resolvido, os moradores marcaram uma vigília para o dia 17 de Maio, de fronte ao edifício Lote-1, no Prenda.
Sobre as fissuras na parte interna e externa, no terraço do edifício em causa, bem como a infiltração de água em alguns apartamentos, em 2019, a Comissão de Moradores havia solicitado ao Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, no sentido de se realizar uma visita de constatação ao edifício, mas sem sucesso.

EM DESENVOLVIMENTO…

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