Na Lunda-Sul: trabalhadores da mina de diamante recentemente inaugurada pelo PR entraram em greve
Os trabalhadores da mineradora do Luele, na Lunda-Sul, estão em greve desde o dia 10 de Fevereiro, por maus-tratos e baixos salários.
Os funcionários imploram por intervenção urgente de quem de direito e dizem que o responsável da empresa Hiper Máquinas, de nacionalidade brasileira, apenas identificado por Edimilson, mandou suspender a alimentação e demitiu todos que reclamaram melhorias de trabalho.
Joãoq Alberto, Lunda Sul
Os denunciantes avançam que são obrigados a trabalhar 97 noites, o que constitui perigo, uma vez que têm apenas 15 dias de repouso.
Quanto ao salário, ganham apenas 162 mil kwanzas. “Isso é muito pouco”, disse um dos trabalhadores que procurou este jornal.
Por reivindicarem, os responsáveis da empresa demitiram os trabalhadores grevistas sem qualquer indemnização. “O senhor Edimilson veio aqui com polícias, agrediram-nos e pediu que nos queixássemos onde quisermos, pois nada vai acontecer”, referiu a nossa fonte.
Até ao fecho deste texto, os trabalhadores diziam que estavam na rua e sem qualquer condições de alojamento, pelo que imploram a intervenção de quem de direito, pois há trabalhares de várias providências, nomeadamente Luanda, Benguela, Huíla, Huambo, entre outras regiões, que dizem estar distante da família e não têm onde recorrer.
Inaugurada recentemente pelo Presidente da República, João Lourenço, a mineradora do Luele está localizada na província da Lunda-Sul, na margem do rio com o mesmo nome, na localidade de Luaxe (comuna de Mona Quimbundo).
A iniciativa mineira, com profundidade de 95 metros, tem um volume de 34 milhões de massa mineira, tendo as actividades de prospecção começado entre 2012 e 2017, cujo potencial foi confirmado em 2013.
O jazigo do Luele é duas ou três vezes maior que o de Catoca, devendo o arranque mobilizar, nesta fase inicial, 1.200 trabalhadores que se deve estender, posteriormente, a meta dos 5 mil.
Em actualização…