No Kilamba Kiaxi: Marginais ameaçam espalhar terror

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Por solicitarem a requalificação das pontes degradadas sobre o rio Cambamba, em Luanda, que há muito cortou a circulação de cidadãos e veículos do Kilamba Kiaxi e Maianga, jovens que cobram nas pontes improvisadas de paus, insatisfeitos com a medida prometem espalhar “terror” transeuntes.

Leal Mundunde

Acção dos jovens do Kilamba Kiaxi, deve-se ao facto destes, terem o local como o seu ganha pão, fruto das cobranças que são feitas a população no acto da travessia deste município, para o distrito urbano da Maianga e vice- versa.

Por cada travessia, os cidadãos são obrigados a disponibilizarem entre 100 a 200 kwanzas, caso contrário são obrigados a passar na água,o que não se recomenda dado ao perigo que representa.

Com as obras em curso,tudo indica que as cobranças poderão terminar a qualquer momento e o caminho para a juventude em causa, é encontrar outras formas de sobrevivência.

Diante desta problemática, os jovens provenientes na zona dos Rastas, Quintalão, Pia Marta e arredores, são acusados de prometerem assaltos a população, em jeito de retaliação.

Os cidadãos sentem-se preocupados com o que há de vir, pois, na sua maioria são jovens que estavam ou estão inclinados na criminalidade.

De lá para cá, alguns desistiram do mundo do crime e os roubos reduziram significativamente no perímetro das duas pontes,mas prometem regressar, por não terem alegadamente outro local para satisfazer as suas necessidades.

“Vocês pediram ponte, vão saber o que é bom”, conta dona Carlota Cabila, moradora do Kilamba Kiaxi, que recentemente testemunhou as ameaças proferidas pelos jovens.

“Do mesmo jeito que choraram ponte, também devem chorar esquadra móvel, se não, vão ver o que vai acontecer”, pronunciou um dos jovens, segundo Paulino Sebastião, que se mostra atormentado.

Para Júlio Dos Santos, as declarações dos acusados não podem ser vistas de ânimo leve, pois, presume situações difíceis aos que circularem no local, como acontecia há anos.

“Eles falam e fazem”, acresceu o entrevistado que diz conhecer muito bem a realidade de certos jovens do seu bairro.

Na reportagem divulgada em Fevereiro deste ano, por este Jornal, os interlocutores contaram que a segunda ponte que liga o município do Kilamba Kiaxi e o distrito da Maianga, encontra-se com a extremidade partida desde a chuva que caiu em Luanda, há um ano.

O problema piorou, com a chuva que se abateu na capital do país, nos últimos meses, pelo que apelaram naquela altura a intervenção urgente das autoridades, cujo os primeiros trabalhos começaram duas semanas depois da publicação da Reportagem do Jornal O Crime.

Com a suposta vingança que possa surgir, os populares esperam por parte das autoridades, que sejam celeres com as obras.

Auguram em caso de não existir condições para fixação de uma esquadra móvel, que se aumente o patrulhamento por parte dos agentes da polícia da Maianga e do Kilamba Kiaxi.

Pese embora as cobranças que são feitas para a travessia, aos moradores dos dois territórios, nem com isso alguns deixaram de cometer assaltos, de acordo testemunhas.

Nos arredores das duas pontes sobre o rio Cambamba, vulgo rio Catinton, observam-se capim e casas abandonadas, representando perigo para os cidadãos, fundamentalmente no período nocturno por falta de iluminação pública.

O rio Cambamba, atravessa vários pontos da cidade de Luanda e desagua no oceano Atlântico.

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