PRESINDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO AOS ANTIGOS COMBATENTES DAS EX-FAPLA DENUNCIADO POR DESVIOS DE FUNDOS

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 O Presidente da Associação de Apoio aos Antigos Combatentes das Ex-FAPLA (ASCOFA), Caetano Marcolino está a ser acusado de desvio de fundos e vendas de bens diversos para o benefício pessoal. 

 Leal  Mundunde

Segundo o que chegou ao conhecimento deste Jornal, Caetano Marcolino recusa-se assinar a acta da reunião do dia 12 de Junho de 2023, por suspostamente no documento constarem informações comprometedoras, levantadas por dois delegados, a do Sambizanga e a de Cacuaco.

Segundo o que chegou ao conhecimento deste Jornal, Caetano Marcolino recusa-se assinar a acta da reunião do dia 12 de Junho de 2023, por suspostamente no documento constarem informações comprometedoras, levantadas por dois delegados, a do Sambizanga e a de Cacuaco. Há quatro anos na frente da Associação de Apoio aos Antigos Combatentes das Ex-FAPLA (ASCOFA), Caetano Marcolino também é acusado de criar um grupo de revolucionários que culminou com a destituição do cargo do antigo presidente, António Fernando “Samora”, que foi condenado a 3 anos de prisão com pena suspensa, por desvios de fundos e bens da associação.

Presidente da ASCOFA nega acusações

O Presidente da Associação de Apoio aos Antigos Combatentes das Ex-FAPLA (ASCOFA), Caetano Marcolino nega todas as acusações que foram levantadas contra si. O mesmo afirma, que durante os quatro anos de seu consulado, nunca beneficiou de qualquer projecto habitacional nas centralidades de Luanda e desafia a todos que queiram confrontar, que se dirijam as entidades competentes.

Caetano Marcolino diz que a associação, na vigência da antiga liderança recebeu mais de 130 residências, que foram distribuídas em algumas associações ligadas ao Ministério da Defesa. As residências foram atribuídas através de um convênio estabelecido entre o Ministério da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria e uma empresa privada, tendo a ASCOFA se beneficiado de 89 residências, das quais não teve acesso porque na altura não era membro do corpo directivo.

O representante da associação, fez saber ainda que as residências questionadas à antiga direcção foram entregues a alguns membros de direcção, oficiais, viúvas, outros trabalhadores e algumas com destinos não explicados, o que resultou na abertura do processo que decorreu no tribunal. Quanto às viaturas, o mesmo explica que não foram adquiridas durante o seu mandato. “Os veículos foram comprados por uma empresa privada e atribuídos a ex-militares, que pagariam por estes de forma faseada”. 

Após a condenação do antigo presidente da associação, o tribunal orientou a devolução das viaturas à empresa privada que as adquiriu, pese embora, ainda faltam dezesseis viaturas por recuperar, como fez saber Caetano Marcolino, que acrescenta ter chegado recentemente a um acordo com a referida empresa privada, para que sete das dezesseis viaturas por recuperar, sejam entregues à direcção da associação.

Caetano Marcolino, actual presidente da associação que controla mais de 70 mil associados a nível nacional, não tem dúvidas de que os queijosos estão do lado da antiga direcção, sendo que alguns deles, foram indicados por ele para o exercício de algumas funções na direcção. “Brevemente, será encerrada a delegação da ASCOFA no distrito do Sambizanga, tendo em conta a alegada postura negativa do representante local”, garantiu. 

ESTADO ANGOLANO DEIXA DE ASSISTIR ASSOCIAÇÃO DE APOIO AOS ANTIGOS COMBATENTES DAS EX-FAPLA

Associação de Apoio aos Antigos Combatentes das Ex-FAPLA (ASCOFA), que controla mais de 70 mil associados, em todo o país, revela não receber do Estado mais de três milhões de kwanzas há 4 anos. 

O Estado, por intermédio do Ministério da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, apoiava a associação com um valor na ordem dos 3. 200.000 kwanzas anuais, quantia que deixou de depositar há cerca de 4 anos, deixando a associação com várias dívidas por liquidar.

A informação foi avançada pelo presidente da associação, Caetano Marcolino, que garante que a “quantia não chega aos cofres da ASCOFA desde que assumiu as funções”. O presidente explicou que o corte do valor aconteceu antes da tomada de posse do seu consulado e justifica que a medida do Ministério ocorreu devido a não transparência da gestão dos fundos recebidos pela antiga direcção.

Com dívidas por liquidar, desde a renda do imóvel entre outros serviços, o presidente da ASCOFA, garantiu que “todas tentativas foram feitas no sentido de o Estado retomar o apoio devido”, mas não teve o sucesso desejado e, lamenta o facto de que a quota dos membros não ser suficiente para liquidar. O presidente fez saber ainda que contraiu dividas de cerca de 32 milhões de kwanzas a uma firma de dois advogados e mais 12 milhões a um outro advogado, todos contratados para seguir junto do tribunal o processo que condenou o antigo presidente da associação, pelos crimes de má gestão e desvio de bens da ASCOFA.

Sem nenhum valor para pagar o acordado com os advogados, já que o período estipulado no contrato é referente ao mês de Agosto, Caetano Marcolino aventa a venda de algum património da associação como umas das vias para liquidar uma parte do valor acordado com os advogados. Pelo que garante que continuará lutando com seu elenco até que a normalidade se restabeleça e espera que o Ministério da Defesa retome o pagamento anual do orçamento da associação.

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