SOB SUSPEITA DE SER INFORMANTE DE UM PARTIDO: Jornalista denúncia ameaças de morte

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A Jornalista Maria Doroteia Martins Fela “Tininha Martins”, revela sofrer perseguição e ameaças de morte há 18 anos, depois de colegas de escola, em 2005,à acusarem de ser informante da UNITA e de ter obtido uma viatura usando métodos ilícitos.

O episódio começou em 2005, altura em que conseguiu uma vaga no ISCED Huambo com extensão no Bié e um grupo de colegas seus a acusaram de ser alguém que fornecia informações  a União Nacional de Libertação deAngola (UNITA).

“Tininha Martins”, foi culpada de ser responsável pelo  envio de um correio electrónico, a um colega que na data dos factos estava na Itália, cujo o teor não foi revelado.

A partir desta data, a sua vida passou a correr perigo.

De acordo a Jornalista, as acusações subiram de tom quando em 2008/2009  foi escalada para efectuar cobertura durante o périplo ao Bié, do antigo ministro da Comunicação Social, Manuel Rabelais.

No final da Jornada, foi contemplada com uma viatura, o que supostamente fez com que, indivíduos insatisfeitos acusam-na de ser amante do ministro e ter conseguido o veículo “usando métodos ilícitos”.

As mensagens telefónicas com teor de ameaças de morte,prosseguiram.

Num belo dia, de manhã, desperta e espanta-se com a presença de agentes da Polícia na porta, porque alguémterá propositadamente quebrado o vidro da sua viatura e os culpados nunca foram encontrados.

Em 2012, Luanda, na altura em que participava da Conferência sobre Liberdade de expressão, a sua intervenção foi gravada e repassada aos Serviços Secretos de Angola, segundo a profissional.

A partir desta data, Maria Doroteia Martins Fela “TininhaMartins”, foi alertada que os seus passos estavam a ser vigiados, por colegas e indivíduos não identificados para encontrarem provas, que confirmassem sua ligação a UNITA, para ser afastada do serviço.

“Tininha Martins”, como também é conhecida, conta que passou a ter maior cuidado para que o pior não viesse acontecer.

Em 2015 recebeu mensagens anónimas de morte, tendo feito participação a Polícia e solicitado autorização para que a UNITEL pudesse verificar no sistema os autores desta acção.

A profissional diz que, em seguida foi aberto um processo para esclarecimento deste caso, mas não teve o desfecho favorável até ao momento.

Dias depois, de noite, quando saia da rádio, conta que a sua viatura foi cercada por indivíduos estranhos e fruto do trabalho com a Polícia, identificou-se alguns dos envolvidos, dentre estes, a filha “de uma eminente personalidade da Polícia”.

Fruto das várias perseguições que foi sofrendo, passou a morar com um jovem, que a considera de filho, mas o mecânico que volte e meia concertava a viatura, na sua ausência oferecia dinheiro ao mesmo para obtenção de informações confidenciais.

Tão logo soube, optou em dispensar o mecânico. Em seguida, a residência foi arrombada, levaram o computador, documentos,  gravadoras e posteriormente foi sequestrada.

A profissional soube também, que alguns colegas da rádio estiveram envolvidos nesta campanha, alguns sob disfarce de  estarem solidários consigo.

Maria Doroteia Martins Fela ““Tininha Martins” natural do Bié, é profissional da Rádio Nacional de Angola, desde 1998, com passagem em vários programas desta casa rádio, na sua terra natal.

Também era escalada para editar e ler noticiários e efectuar reportagens.

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