Crianças envenenadas no Avô Kumbi: MÃE E PADRASTO EM FUGA DEPOIS DO FUNERAL
Enquanto se aguarda que o SIC faça a exumação dos corpos dos três menores mortos por alegado envenenamento, Ana Teixeira, a mãe, assim como o actual companheiro, apontado como principal suspeito, estão foragidos desde o cortejo fúnebre realizado a 9 de Julho último.
Por: Rosa Afonso
Desde o último adeus as três vítimas que não se lhes conhece o rasto, o que vem sustentar ainda mais as suspeitas contra o padrasto, apenas identificado por Adão. Por outro lado, há familiares da parte paterna das vítimas que apontam para uma possível conivência da própria mãe na morte dos filhos. Entretanto, seguindo Daniel Gabriel, o pai dos menores, disse que já informaram o sumiço do casal às autoridades. “Foi estranho que tão logo que saímos do funeral demos pelo desaparecimento dela do local do óbito”, contou Daniel, acrescentando que fizeram deslocar alguns familiares até a residência daquela, onde foram informados pelo senhorio de que dias antes do funeral ela e companheiro haviam carregado os seus haveres e se mudado para outro lugar.
“Não fazemos ideia de onde eles possam estar agora, nem conhecemos os motivos pelos quais resolveram desaparecer”, notou Daniel, para depois dizer que “a menos que eles tenham a ver com a morte dos meninos”. De recordar que Romeu Gabriel e Pedro Gabriel, de 12 e 7 anos, respectivamente, perderam a vida no Hospital Materno Infantil do Avô Kumbi, no Kilamba Kiaxi, dias após o suposto envenenamento.
Porém, Jorge Gabriel, de 11 anos, o primeiro a apresentar sintomas de intoxicação, morreu a caminho da mesma unidade sanitária. Ana Teixeira, a mãe, de 34 anos, tinha a guarda de Teresa, de 14 anos, filha do seu irmão, mas decidiu deixá-la com o antigo esposo. Daniel Gabriel esclareceu ainda que o Serviço de Investigação criminal (SIC), prevê exumar os corpos dos menores ainda neste mês de Agosto, para se aferir a verdadeira causa da morte, mas ainda sem data prevista. Enquanto isso, Maria Gabriel e a sobrinha Teresa que se recuperam agora em casa, já fora de perigo, não foram submetidas a nenhum exame para apurar se, de facto, tinham sido ou não envenenadas.
De acordo com Daniel Gabriel, o hospital alegou falta de equipamentos necessários a realização do referido exame.