Jovem obreira da Igreja Assembleia de Deus Pentecostal: MORRE AO TENTAR INTERROMPER UMA GRAVIDEZ

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Amélia Manuel Fernando, de 22 anos de idade, residente no bairro do Ex-Paol, distrito urbano da Gamek, em Luanda, foi encontrada sem vida na quinta-feira, 28 de Julho, nos arredores do condomínio Parque das Acácias, sito no Distrito Urbano da Camama, município de Talatona.

Maiomona Paxe

O corpo da jovem foi encontrado na via pública pelos moradores por volta das 6 horas da manhã, que, assustados pelo sucedido, comunicaram logo a autoridades e partilharam os dados do Bilhete de Identidade da mesma nas redes sociais, em particular o Facebook no sentido de comunicar à família e conhecidos.

Em declarações ao Jornal O Crime, Joana Fernando, a irmã mais velha da malograda, fez saber que Amélia Manuel Fernando ter-se-ia ausentado de casa no sábado, 23 de Julho, para uma festa na casa de uma amiga identificada apenas por Melita, no bairro Cawelele, distrito urbano do Futungo, onde ficou cerca de três dias, como de costume. “Ela saiu no sábado e a sua amiga confirmou que estiveram juntas até terça-feira à tarde, período que ela deixou a casa dela”, disse. A irmã adianta também que manteve contacto com a malograda na quarta-feira, 27, via Facebook, onde esta teria confirmado seu possível regresso a casa na quinta-feira, 28 de Julho; tal regresso que infelizmente não veio a acontecer.

A família tomou conhecimento da morte de Amélia por volta das 12 horas de quinta-feira, 28 de Julho, através de publicações partilhadas no Facebook, tendo horas depois se dirigido à morgue central de Luanda para efectuar o reconhecimento do corpo. “Não acreditei quando vi o corpo da minha irmã, perdi a fala”, desabafou Ezequiel Fernando, irmão da vítima. 

Em volta de muita especulação sobre a morte da jovem, várias informações foram divulgadas nas redes sociais, porém sem certezas. A família da malograda não sabia de antemão a causa que teria vitimado a jovem e procurava por respostas, que não tardaram em chegar. No sábado, 30 de Julho, a família foi surpreendida com o resultado da autopsia que dava conta de que a jovem de 22 anos estaria grávida de cinco meses e teria provocado o aborto, que infelizmente terminou em morte.

A notícia caiu como uma bomba para os familiares, que tentaram abafar o caso, por se tratar de uma jovem dedicada a Deus e pertencente à igreja Assembleia de Deus Pentecostal. Mas várias inquietações surgiram em torno do assunto e se viram obrigados a colaborar com a Polícia no sentido de encontrar outros elementos envolvidos no acto.

“Não sabíamos que ela estava grávida, nem ao menos que tivesse a ideia de abortar caso estivesse”, disse a irmã, que lamenta o facto de Amélia ter decidido interromper a gravidez de cinco meses.

Entre os suspeitos de participar no acto que vitimou a jovem de 22 anos, está o namorado conhecido apenas por “Caramelo”. Este, a família diz não conhecer pessoalmente, sabe apenas que é primo de Melita, amiga da malograda.

Não se sabe ao certo onde o aborto foi feito, mas informações adicionais dão conta que há um detido no processo, pese embora a Polícia não adiantou de quem se trata.

A família espera que os envolvidos sejam capturados e responsabilizados criminalmente, não só pela vida da vítima, bem como da criança que carregava.

Amélia Manuel Fernando, estudante, jovem alegre e calma, como lembram os familiares, foi a enterrar no pretérito domingo, 31 de Julho, no cemitério da Camama.

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