Uma semana desaparecida: COMERCIANTE APARECE MORTA
Suzana Ngola, comerciante de materiais de construção, de 29 anos, morreu vítima de atropelamento, segundo deu a conhecer à família da jovem uma fonte anónima, no dia 26 de Julho último. Todavia, os familiares acusam um amigo com quem a vítima esteve, horas antes da sua morte, de estar por detrás deste infausto acontecimento.
Nzinga Manuel
De acordo com a mesma fonte, a jovem teria sido colhida por um veículo por volta das 22 horas, defronte à unidade policial da Corimba, no distrito urbano da Samba, junto à 7º Conservatória do Registo Civil.
Suzana Ngola, ou simplesmente “Chana”, como também era tratada, comercializava materiais de construção, no mercado da Madeira, na Gamek – tendo sido aí, neste mercado, que conheceu Chiquinho, cliente seu, com quem embarcou numa “amizade colorida”.
Suzana Ngola, ou simplesmente “Chana”, como também era tratada, comercializava materiais de construção, no mercado da Madeira, na Gamek – tendo sido aí, neste mercado, que conheceu Chiquinho, cliente seu, com quem embarcou numa “amizade colorida”.
No fatídico domingo, 25/07, por volta das 18 horas, “Chana” despedira-se da filha e partira ao encontro de Chiquinho, não se lhe conhecendo o local do eterno encontro. Entretanto, foi-se domingo e a moça não regressou à casa. Preocupada, a filha deu a conhecer aos familiares, já na segunda-feira, 26, tendo-se daí despoletado uma busca incessante pela jovem.
Os parentes tudo fizeram para a localizar, mas nada. Tampouco conseguiam, por via do seu terminal telefónico e do referido amigo, aliás, este, segundo disseram ao Jornal o Crime, não atendia as ligações.
A angústia da família prosseguiu por aqueles quatro dias, tendo mesmo ponderado o pior, o que veio a acontecer na sexta-feira, 30/07, quando receberam uma ligação de um desconhecido informando-os que a jovem que procuram estava morta. Aliás, segundo a mesma fonte, ele mesmo havia presenciado o momento em que a jovem era atropelada nas imediações do Antigo Controlo, mais concretamente defronte à unidade policial da Samba. E, acrescentou a fonte, “Chana” parecia estar sob efeito de álcool no momento em que se deu o atropelamento.
No entanto, Teresa Kissanga Ngola, irmã da malograda, a quem a fonte anónima contactou por telefone, suspeita que a ligação tenha sido feita sob orientação de Chiquinho, o amigo de Suzana Ngola, já que, segundo Teresa, aquele havia descrito, com exactidão, como a estava trajada, estrutura física enfim.
Por outro lado, explicou Teresa Ngola, pouco tempo depois de receber a ligação do misterioso cidadão, Chiquinho também voltou a ligar-lhe dando a conhecer que esteva com a vítima horas antes, no calçadão da Marginal, sendo que tinham brigado e aquela havia pegado um táxi de regresso para casa.
Já Francisco Correia, cunhado da vítima, acusa Chiquinho de estar por detrás deste infausto acontecimento e, mais do que isso, o culpado pela morte de Suzana Ngola, a “Chana”. As suspeitas de Francisco Correia encontram sustentação nas afirmações de outra fonte, que, segundo ele, o confidenciara que Chiquinho estava a mentir.
“Desde que se deu o atropelamento ele simplesmente ocultou a informação e só contou-nos na sexta-feira”, disse Francisco.
Outrossim, Francisco Correia alega que a Polícia do posto policial, afecto ao Comando de Divisão Municipal do município de Luanda, tê-lo-ia detido e, posteriormente, libertado Rui Mota da Cruz, o suposto condutor da viatura que atropelara e vítima “Chana” por aquele alegadamente gozar de alguma influência.
Todavia, explicou ao Jornal O Crime que já foi aberta uma investigação acoberta do processo-crime número 3048, no posto policial da Corimba. Suzana Ngola, de 29 anos, deixa ao cuidado da família três órfãos.