AGENTE DO DIIP MATA RIVAL

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 Encontra-se detido o 3° subchefe do Departamento de Investigação de Ilícitos Penais, afecto ao Departamento de Comunicação por assassinar o rival, Graciano Manuel Agostinho, de 30 anos, no distrito do Zango 4. 

Engrácia Francisco 

Trata-se de uma cidadã de 31 anos de idade, identificada por Victória Tito que mantinha uma relação amorosa com dois cidadãos, um moto-taxista e outro agente do Departamento de Investigação de Ilícitos Penais. 

Na noite do dia 30 de Junho do corrente ano, a vítima dirigiu-se à residência da namorada Victória Tito, tendo a encontrada em momentos íntimos com o suposto autor do crime. Inconformado com a situação, decidiu ausentar-se do local, temendo já pelo pior. 

Acto contínuo, pelo facto de ter sido encontrado na residência da namorada em situação constrangedora, o acusado decidiu seguir a vítima e efectuou um disparo de arma de fogo que penetrou na região da coluna.

A vítima foi ainda socorrida até ao Hospital Distrital do Zango, mas acabou por sucumbir minutos depois. 

Mulher geria os dois ao longo de 7 anos 

Segundo o pai da vítima, Lopes António Sebastião, o malogrado mantinha uma relação amorosa com a cidadã em causa há sete anos. “Eles já estavam juntos há sete anos, na doença, na pobreza, em todos os momentos o meu filho aguentou aquela mulher “, disse. 

De realçar que o malogrado Graciano Agostinho, além da mulher com quem tem quatro filhos, também tinha uma relação extraconjugal com Victória Tito. Apesar de não terem filhos, o casal já era conhecido pela família. 

“A família sempre soube da relação deles, embora ela nunca quisesse nada a sério, porque sempre que ficasse grávida tirava”, disse Lopes Sebastião, o pai da vítima.

Por outro lado, acrescentou que “O meu filho sempre trabalhou como taxista, se calhar foi por isso que ela decidiu arranjar outro homem para suprir as suas necessidades “. 

Neste momento de dor e consternação, a família clama por justiça. “Eles devem pagar pelo que fizeram, tanto o agente da Polícia, como a jovem que causou tudo isso. A família adquiriu uma dívida muito alta para gerir o óbito, porque eu  como pai não trabalho e não recebemos nenhum apoio, por isso, peço ajuda”, apelou o pai. 

Para o mesmo, o filho nunca se queixou de sofrer ameaças por parte do rival. “Eles não estavam juntos há mais de três meses, o relacionamento deles era recente, mas o meu filho já era seu namorado há sete anos e nunca houve discussões”, recorda Lopes Sebastião. 

O jornal O Crime sabe que não há nenhum mandado de captura contra a cidadã Victória Tito, de 31 anos, mas a qualquer momento, a mesma pode ser chamada para ser ouvida. 

O acusado pode ser condenado até 25 anos de prisão 

Segundo o advogado Osvaldo Salupula, o acusado pode ser condenado de 25 a 30 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado. 

Por se tratar de um agente da Polícia Nacional e ter usado uma arma de fogo são consideradas agravantes para o processo. 

“Um agente da PN sabe que a arma de fogo deve ser usada de forma idónea, porque é um mecanismo que tem o poder de tirar a vida que é o maior bem jurídico ” , disse o advogado. 

O facto de tudo ter começado no interior da residência da namorada Victoria Tito, o advogado alega que, “a mesma poderá ser chamada ao processo como testemunha ocular do facto”, disse. 

Nesta vertente, aquele especialista afirma que a cidadã está isenta de qualquer acusação de crime. “Se ela fosse casada com um deles, o marido estaria no direito de abrir uma queixa por traição, mas como não é o caso, eram apenas namorados, ela não tem qualquer responsabilidade criminal”, concluiu. 

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