Segurança tido como o principal suspeito: MULHER DE 58 ANOS É ENCONTRADA SEM VIDA NUMA RESIDÊNCIA EM CONSTRUÇÃO

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Helena Pedro, de 58 anos, foi encontrada sem vida na manhã de domingo, 11 de Setembro, num terreno em construção próximo de casa, no bairro Papá Simão, no Cazenga.

Engrácia Francisco

Ocorpo da vítima foi encontrado por um dos filhos que notou o sumiço da mãe na noite anterior. Com sinais de ferimentos nos pés e na cabeça, Garcia Yoani, afirma que a mãe foi assassinada pelo segurança encarregado de controlar um terreno em construção que fica a poucos metros da casa da malograda.
“Quando me ausentei de casa, por volta das 18 horas, deixei a mãe na cozinha a confeccionar o jantar e avistei o segurança fazendo o consumo de bebidas alcóolicas na casa da vizinha, com o portão do terreno aberto” disse, para posterior acrescentar que o sumiço do segurança, depois do acontecimento, faz crer que é o assassino da mãe.
Após o triste acontecimento que aterrorizou a família naquela manhã de domingo,11, Domingos Paulino Rafael, 33 anos, segurança da obra onde foi encontrado o corpo da cidadã de 58 anos, colocou-se em fuga e está sendo procurado por supostamente ser o autor do crime. Segundo os familiares, o suspeito teria fugido na madrugada de sábado, 10 de Setembro, pois no terreno foi possível encontrar documentos pessoais passados em nome do cidadão Domingos Paulino Rafael, nascido aos 8 de Fevereiro de 1989, na província do Huambo, filho de Paulino Troco e de Adelina Calumbo, documentação, que se presume pertencer ao segurança, que se encontrava sozinho no espaço a mais de duas semanas.
“O jovem matou a minha mãe, não há dúvidas disso, por isso desapareceu sem que ninguém o visse”, desabafou o filho, que clama por justiça.
O motivo das suspeitas dos filhos, assenta nas constantes desavenças entre a malograda e o referido segurança e também a dona do espaço, identificada apenas por “Lina”, por causa da passagem para aceder o terreno. De acordo com os filhos, a vítima quase sempre chamava a razão do segurança quando o mesmo passava por seu quintal sem cumprimentar, pois, as duas residências partilham a mesma passagem.
Ante, o sucedido, como relata Garcia Yoani, a mãe teria se ausentado de casa após o mesmo também ter saído, por volta das 18 horas, sem despedir aos outros integrantes da residência. “ Pensamos que estivesse em casa de algum vizinho, como de hábito”, disse, acrescentando que a preocupação se deu quando seu irmão mais novo encontrou a panela ao lume, vazando fumaça e cheiro à comida queimada.
A preocupação aumentou de tom, quando notaram que a infeliz tinha deixado os chinelos que usava no dia-a-dia, e foi naquele momento que começaram as buscas pela mãe na mesma noite, porém, apenas pelas 7 horas de domingo, 11, encontraram o corpo deitado ao chão, no terreno da vizinha. “Depois de tanta procura na vizinhança, decidi bater no portão do terreno, como ninguém abria, tomei iniciativa e espreitei”, disse o filho mais velho da vítima, que acrescenta que, quando viu a mãe deitada ao chão, comunicou rapidamente ao irmão, que juntos acederam ao terreno. “Parecia estar dormindo, segurei o pulso, mas já não conseguia senti-lo, foi quando nos apercebemos que ela tinha ferimentos nos pés e na cabeça”, descreveu Garcia Yoani.
A Polícia local tomou conhecimento da ocorrência e o Serviço de Investigação Criminal fez a remoção do corpo para a Morgue Central de Luanda.
Após a morte, a família da infeliz manteve um encontro com a proprietária da obra, que disse não conhecer o implicado e que o mesmo foi indicado por um conhecido, já identificado, para cuidar da obra.

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