Miala e Laborinho: Os ‘meninos bonitos’ do Presidente terão mais poderes
Daqui a algum tempo, o Presidente da República, João Lourenço, vai efectuar mexidas profundas no seu pelouro, sendo os destaques, segundo apurou este jornal, as saídas de Fernando Garcia Miala, do SINSE, e de Eugénio Laborinho, do MININT. Ambos terão mais poderes nos novos cargos.
Pairando um ambiente de incertezas, como se pode aferir pelo aumento da contestação, o Presidente João Lourenço tenciona reforçar a sua segurança, até mesmo a pensar no dia seguinte ao seu mandato.
As mexidas serão extensivas à Casa Militar da Presidência, Policia Nacional e Serviço de Investigação Criminal. As nossas fontes acreditam que o general Fernando Garcia Miala venha a ser nomeado ministro da Defesa, no que poderá representar a antecâmara para uma sucessão presidencial em 2027, tal como já noticiou O Crime. “Uma vez nomeado, terá condições para ser eleito Presidente do MPLA”, realça uma fonte.
As mexidas serão extensivas à Casa Militar da Presidência, Policia Nacional e Serviço de Investigação Criminal. As nossas fontes acreditam que o general Fernando Garcia Miala venha a ser nomeado ministro da Defesa
João Lourenço vê em Miala o único capaz de lhe garantir uma reforma tranquila. Por seu turno, o chefe da secreta começou já a traçar o seu plano para a ascensão, colocando em sectores-chave da governação elementos da sua extrema confiança. Na cultura, conta com o apoio do músico Big Nelo, que exerce, na verdade, o papel de um agente secreto entre cantores, que são, como figuras públicas, capazes de recrutar em nome da causa do seu “patrão”.
Já Eugénio Laborinho deverá assumir a pasta de chefe do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE), não sendo de descartar a Casa de Segurança, já que se trata de um “tropa de choque” do PR.
Labuta, nome de guerra, está preparado até para entregar a sua vida a favor do compadre e amigo João Lourenço.
Terá a missão de cuidar da segurança do PR, afastando qualquer perigo e os inimigos do mesmo. Para o SINSE, ainda se cogita o nome de Augusto Mota, um dos evolvidos nos assassinatos dos activistas Kassule e Camulingue.
Para o lugar de Eugénio Laborinho fala-se num pupilo seu, Arnaldo Manuel Carlos, actual Comandante Geral da Polícia Nacional.
Haverá margem, conforme foi possível apurar, para Laborinho mandar mesmo estando fora do Interior.
O cargo de comandante geral da Polícia deverá ser preenchido pelo actual Director – Geral do SIC, António Paulo Bendje, que será rendido por pelo director adjunto, Fernando Manuel Bambi Receado.