ISPT rebate: “A MODA DAS MANIFESTAÇÕES CHEGOU AO NOSSO INSTITUTO, MAS OS ESTUDANTES MENTIRAM DESCARADAMENTE”
A nossa equipa foi à conversa com o responsável do Gabinete de Comunicação e Imagem do Instituto Superior Politécnico Tocoísta, Partício Batskana, que lamenta a atitude dos estudantes, pois, alega, estes mentiram em todas as acusações.
Felicidade Kauanda
O Crime- Os estudantes alegam excesso na subida dos preços dos emolumentos, tais como de recursos, becas, declaração, monografia. O que a instituição tem a dizer?
Patrício Batskana- O ISPT não alterou as taxas de emolumentos. Em cada ano académico, todas as instituições de ensino superior informam ao Ministério de tutela, os preços a serem praticados, os limites de estudantes por cursos, entre outros. O ISPT submeteu as taxas de emolumentos e informou os estudantes no acto das confirmações de matrículas. O que os estudantes evocam é um falso problema. Acho que muita gente foi ao recurso em várias disciplinas e isso deve pesar no bolso deles. Daí, estarem a agir de má-fé, acusando o ISPT de alterar os preços.
O Crime- Segundo os estudantes, a biblioteca carece de livros, e deram como exemplo o curso de Direito ter apenas um, tendo na sua maioria livros do tocoísmo. Confirma isso?
Patrício Batskana- A nossa biblioteca tem livros sim, uma biblioteca excelente para o curso de Contabilidade e para os demais. Claro que o ISPT precisa melhorar, tendo em conta a dinâmica em certos aspectos; por outro, há computadores onde os estudantes podem consultar textos online e, também, assistir a aulas, caso queiram. É mentira que a maioria dos livros seja tocoísta. O que os estudantes fazem é difamação, eu convido-vos, jornal O Crime, a ir visitar a biblioteca para ter essa resposta.
O Crime- Qual é posicionamento do ISPT quanto ao estágio à Ordem dos Contabilistas, para os estudantes de Contabilidade e Finanças?
Patrício Batskana- Há conclusão nesta pergunta. Convido-vos a verificar o programa do curso, que está online. Há estágio com a Ordem, mas isso é outra conversa que não importa confundir aqui. Claro que o ISPT tem privilegiado cooperação com todas as Ordens em Angola, consoante os cursos que dispõe. Agora, uma coisa é o que instituímos nos programas homologados pelo Ministério do Ensino Superior, e outra questão é a estratégia do ISPT, almejamos estar entre as melhores universidades de África e isso começa com a produção científica e partilha das excelências com demais instituições de ensino profissionais, é isso que tem feito o ISPT.
O Crime- Como é a administração do curso de Contabilidade no ISPT?
Patrício Batskana- O Curso de Contabilidade termina com defesa púbica, de um trabalho de fim do curso (TFC). Trata-se de um curso académico e não apenas profissional e foi com a duração de seis anos que o Ministério reconheceu o curso, desde o início do ISPT, em 2016. É preocupante que os estudantes sejam incoerentes, ao dizer o contrário. Por que não reclamaram isso no acto da matrícula? Pelo menos poderiam ir inscrever-se numa destas instituições que eles apontam ter menos tempo. A filosofia pedagógica do ISPT busca excelência. O estipulado é fazer 5 anos de formação. Fazer mais de 5 anos pode, provavelmente, ser sinal de insucesso académico, que é uma responsabilidade individual dos estudantes que têm ao seu dispor bons professores.
O Crime- Antes de partirem para a manifestação, os estudantes contam que tentaram o diálogo com a instituição, mas esta nunca mostrou qualquer interesse. O que diz?
Patrício Batskana- Os estudantes mentiram! Um dia antes de eles violarem o recinto do ISPT (o que eles acham ser manifestação), que é uma instituição privada, realizamos uma terceira reunião com eles sobre o mesmo tema. Eles estão a impor algo insensato. Mandei-vos as imagens e vídeos, mostrando os estudantes a violar o recinto do ISPT! É propriedade privada, isso é violação a domicílio. Aliás, as propinas no ISPT são mais modestas que há no mercado angolano. Acho que a moda das manifestações chegou ao ISPT, e muita gente aproveita-se disso, mas aqui os estudantes mentiram descaradamente. Já dialogamos três vezes sobre este assunto.