KWANZA-SUL: UNITA DENUNCIA FALTA DE TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO DO ERÁRIO

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As constantes irregularidades verificadas ao longo dos quase três anos de governação de Job Capapinha, no que a gestão do dinheiro público diz respeito, deixa estudantes, funcionários públicos, docentes, políticos e até entidades religiosas indignados e a questionarem sobre a idoneidade no governo de João Lourenço. 

 Mateus Júnior 

Desta vez a inquietação foi manifestada no hotel Kalunda, na cidade do Sumbe, pelo secretário provincial da Unita, Armando Manuel Kakepa. O responsável do “Galo Negro” na província, que falava em conferência de imprensa perante mais de uma centena de membros do seu partido, fez tais afirmações depois do périplo efetuado durante alguns dias, à província à dentro, onde diz ter constatado situação de extrema pobreza no seio das populações. O dirigente político diz ter notado ausência de quase tudo, a começar pela inação dos administradores municipais na implementação do dinheiro do PIIM que, no seu entender, há muito esse dinheiro vem conhecendo destinos incertos uma vez que se constata que a adjudicação de obras contrasta com a realidade de fins para o qual foi direcionado. Armando Kakepa mostrou-se igualmente indignado com denúncias que têm sido veiculadas em alguns órgãos de informação sobre gestão pouco transparente do governador do Kwanza-Sul Job Castelo Capapinha que há muito vem sendo contestada, mas que o Presidente da República continua a fazer ouvidos de mercador e mantendo Capapinha à frente dos destinos da província. 

“A UNITA no Kwanza-Sul tem vindo a acompanhar com maior cuidado e preocupação a várias denúncias sobre a gestão patrimonial da província e de contratos de empresas construtoras, bem como compra de geradores que na prática não são”, disse Kakepa. 

Todavia, o político pede às autoridades de direito o apuramento da veracidade dessas denúncias para que seja responsabilizado o seu autor. “Esperamos das autoridades competentes o apuramento da veracidade dessas inúmeras denúncias públicas, pois, muitas delas não precisam de lupa”, enfatizou.

Mais à frente, o dirigente da UNITA faz de porta-voz de populares e questiona os valores a serem empregues no âmbito do combate à fome e à pobreza. Os cidadãos em todos municípios questionam a problemática dos 25 milhões de kwanzas destinados ao combate à fome e à pobreza, que no entender de Kakepa os valores triplicaram, acrescentando que o PIIM está longe de satisfazer as reais necessidades das populações no Kwanza-Sul, uma vez ter constatado a degradação total de vias de acesso em mais de dez comunas de diversos municípios. 

Há relatos de que os orçamentos apresentados ao GEPE do Governo local sobre obras a serem executadas no âmbito do PIIM para sua validação, apresentam números três vezes mais, transparecendo sobrefaturação, ante o olhar impávido do Gabinete de Inspeção do Governo e da IGAE locais.

 

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