No Calemba 2: LOTADOR DE TÁXI MATA CIDADÃ COM BARRA DE FERRO
Uma mulher, identificada por Nganga Juliana, 47 anos, morreu, no passado dia 22 de Julho, após ter sido atingida por uma barra de ferro na cabeça, durante uma briga entre um taxista e lotador, no bairro Calemba II, município do Kilamba Kiaxi.
Jurelma Francisco
O homicídio ocorreu à porta da casa da vítima, onde vendia comida, na companhia da filha, Ndoma Juliana, quando, de repente, despoletou-se uma rixa entre os conhecidos lotadores de táxi, depois que um motorista se recusava a pagar pelo carregamento de passageiros.
Ndoma Juliana, filha da malograda, explicou que naquela confusão, o chamador, que atingiu a mãe com a barra de ferro, meteu-se em fuga. “A minha mãe ficou inconsciente, sangrando pela boca e pelo nariz. Deitamo-la numa posição lateral de segurança, mas a situação piorava, até a levarmos ao hospital”, recorda.
No calor da tensão, um dos envolvidos atingiu a vítima com um ferro na região craniana. Mesmo depois de ter sido socorrida para o Hospital Geral de Luanda, a senhora não resistiu ao ferimento e faleceu momentos depois.
Ndoma Juliana, filha da malograda, explicou que naquela confusão, o chamador, que atingiu a mãe com a barra de ferro, meteu-se em fuga. “A minha mãe ficou inconsciente, sangrando pela boca e pelo nariz. Deitamo-la numa posição lateral de segurança, mas a situação piorava, até a levarmos ao hospital”, recorda.
Os familares da vítima contam que o tio do acusado de cometer o crime, quando abordado sobre o paradeiro do sobrinho, sacou uma arma e ameaçou os familiares da vítima.
“Ele dizia que era militar e que, se não saíssemos, nos mataria. Ainda se gabava que não assumiriam nada, porque os langas não são pessoas”, contou Miguel Manuel, genro da vítima, que lamentou a morte da sogra e reclamou da forma como foram discriminados, tendo sublinhado que “somos todos seres humanos, apesar de termos etnias diferentes”.
Miguel Manuel exortou para os cidadãos promoverem mais o amor ao próximo, sem que se tenha a questão da origem em conta. “Alguns pensam que a Justiça só se deve a determinadas pessoas e outras não, mas não. É uma questão igual para todos”.
O jovem fez saber que, após as ameaças do familiar do acusado, alertou aos agentes da Polícia e estes detiveram naquele instante o tio do suposto homicida e a arma que o mesmo empunhava, também, foi apreendida.
No seu lamento, a filha mais velha de Nganga Juliana disse que a vida da família fica mais complicada, uma vez que tinha grande dependência da mãe. “Não temos emprego e o pouco que conseguíamos arranjar na bancada da nossa mãe ajudava para o nosso sustento”, realçou.
Dialungana Juliana referiu que o que mais se quer agora é que se faça justiça. “Pedimos que se acelere o processo n.° 48-60/21CN e se indemnize a nossa família”, concluiu a jovem Dialungana Juliana.