Trio amoroso terá precipitado morte de menores: MENSAGEM RECENTEMENTE DIVULGADA DENUNCIA MADRASTA COMO A MANDANTE DO DUPLO HOMICÍDIO
Uma mensagem datada de 26 de Março, e que só agora foi divulgada, denuncia a madrasta dos irmãos Mercenas Lucas Chemba e Domingos Lucas Chemba, de 10 e 8 anos respectivamente, torturados e esquartejados na madrugada do dia 22 de Março do corrente ano, por indivíduos ainda não identificados, no sector 5, KM 12 A, bairro da Estalagem, como sendo a suposta mandante do duplo homicídio.
Por: Engrácia Francisco
A mensagem enviada, alegadamente, por um dos supostos homicidas, por voltas das 8 horas e 58 minutos, de 26 de Março do corrente ano, para o telefone do avô materno dos petizes, enquanto se realizava a cerimónia fúnebre, refere que foi Gracinda Nhanga, a madrasta, quem encomendou a morte dos menores, conforme a imagem em anexo.
No texto, o remetente explica que Gracinda Nhanga, a madrasta, terá pago cerca de AKZ 1.000.000,00 (um milhão de kwanzas) para assassinar a mãe e os filhos. Mas os homicidas ficaram-se pelos filhos, já que os valores oferecidos para o serviço não “cobria todas as despesas”.
Desde o momento em que se deu o caso, os familiares das vítimas suspeitaram sempre que não se tratava de um “simples assalto”. “Sempre suspeitamos que alguém havia encomendo estas mortes”, disse Meneses Chemba, pai dos malogrados, acrescentando que, com a mensagem de texto enviada ao avô, no dia do funeral, tudo ficou mais claro sobre as verdadeiras motivações deste duplo homicídio.
Segundo Meneses Chiemba, ex-companheiro de Ana Lúcia, ambos pais dos menores, acusou Gracinda Nhanga, cujo esposo, João Nhanga, mantém uma relação com a sua antiga companheira, de engendrar tal crime para se vingar da rival. Já Ana Lucas, a mãe dos menores, implora para que a justiça seja feita.
Este jornal contactou a acusada, Gracinda Nhanga, a fim de aferir ao certo a sua participação no caso em questão. Esta garantiu, apenas, que nada tem a ver com o assassinato das crianças. “Tomei conhecimento do caso através da televisão e não sabia que o meu marido tinha um outro relacionamento, até que um dia o vi a preparar-se para ir ao funeral das crianças”, afirmou Gracinda Nhanga, acrescentando que “nunca foi contactada e nem notificada pelas autoridades para prestar qualquer declarações sobre o assunto, sendo que já se tinha esquecido desse assunto”.
Enquanto decorrem as investigações para se apurar os verdadeiros motivos que estiveram na base do assassinato dos menores, certo é que, dez meses depois, nem água vem nem água vai.
O jornal O Crime sabe que já foi instaurado um processo-crime com o número 3603/2020, a cargo do investigador Danilton Neto, da porta 16 do Serviço de Investigação Criminal (SIC-Luanda).