Quando um ministro se torna mais humano: EUGÉNIO LABORINHO DESTACA TRABALHO DOS JORNALISTAS

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No lançamento das actividades alusivas a 22 de Junho, dia da fundação do Ministério do Interior, que completou 43 anos de existência, Eugénio Laborinho, na sua intervenção, reconheceu o trabalho dos jornalistas nesses longos anos de cooperação entre ambos no garante da Segurança Nacional.

Pedro Kiala

Oministro que, nos últimos tempo, começa a dar mostra de estar mais humanizado, mais próximo da sociedade, mais sensível e pouco musculado como ficou conhecido para muitos, pois, hoje por hoje, Eugénio Laborinho é visto a dançar, sorrir e falar com mais tranquilidade sobre vários assuntos até os mais sensíveis como é o caso de abuso sexual.

O Ministério foi criado a 22 de Junho de 1979, tendo sucedido a Secretaria de Estado da Ordem Interna. Ao longo destes anos sempre andou de mãos dadas com os órgãos de comunicação social num momento raro foram reconhecidos pelo ministro do Interior.

A vénia do ministro do Interior aos jornalistas apanhou todos de surpresa por não ser algo frequente e vindo de alguém, visto por muitos com uma característica de poucos amigos e insensível a sentimentos de carinho, porém todos presentes foram unânimes em concordar que foram merecidas as referências feitas pelo esse responsável, quanto ao papel do jornalista numa sociedade.

Para o ministro, o jornalista desempenha um papel indelével “Para a realização exitosa destas festividades e de outras atribuições do MININT, contaremos com a colaboração de todos, sem nos esquecermos dos nossos incansáveis jornalistas que têm sido parceiros directos do MININT, na divulgação de mensagens de sensibilização à população, pelo que, aproveitamos a ocasião para reforçar o apelo a todos os Órgãos de Comunicação Social, sobretudo, nesta fase, pois, sabemos que o diálogo, educa, forma, consciencializa e conduz à mudança de atitudes e comportamentos”. 

Ora, esta frase pronunciada com alguma humanização, se fosse a contar, ninguém acreditaria que veio daquele ministro que outrora quando se pronunciava era apenas para atacar, ameaçar e lançar foguetes contra o povo.

A primeira leitura deve ser retirada na parte em que Eugénio Laborinho diz que “os jornalistas têm sido parceiros directos”. Isto é fundamental para se perceber que o político tem noção do papel indispensável do jornalista. Sabe que o jornalista não pode ser tido como um parceiro em segundo lugar nem indirecto. 

O Laborinho começa a ter sensibilidade para perceber que os jornalistas não são inimigos dos dirigentes, mas sim parceiros e por isso sabe que, o seu trabalho nunca atingirá o seu destinatário sem o jornalista. 

É com conhecimento disto que o político se dirigiu aos jornalistas nos moldes em que o fez, pelo que, para muitos, é digno de realce, ainda mais num país em que a actividade jornalística  ainda é tida como mais opositora pelo partido no poder.

A segunda, e não menos importante leitura que se pode fazer, é reconhecer que “sabemos que o diálogo educa, forma, consciencializa e conduz à mudança de atitudes e comportamentos”. Foi fantástico ouvir e ler esta parte, pois, faz doutrina e alerta os presentes e todos que tiverem contacto com o seu discurso.

Fantástico porque ninguém muda de atitude, de comportamento e aprende a dialogar se, antes, não aprendeu a ouvir ou se não formou a cultura de aprendizagem. Isto se faz em qualquer sociedade, clássica ou moderna, africana ou ocidental, com o grandioso e considerável contributo da imprensa, no seu todo.

É a imprensa que ajuda um Estado a disseminar valores, atitudes e culturas. É a imprensa que ajuda um Estado a ter cidadãos mais ou menos patriotas, mais ou menos cidadãos, no conceito de Platão e Aristóteles. Portanto, esteve muito bem o ministro, neste “item”.

Uma última nota oportuna, embora não seja a primeira vez que Eugénio Laborinho a consagra, tem que ver com o facto de se ter lembrado dos jornalistas num discurso público. É simplesmente, humanamente bonito vindo de alguém que outrora era visto como casmurro, durão e só sabia atiçar a violência. Afinal Eugénio Laborinho também é mesmo humano e sabe reconhecer o trabalho dos seus principais colaboradores.

Tudo por uma Angola melhor: 

MININT e taxistas celebram reconciliação 

NTrês meses depois desde que o jovem taxista, Alberto Lembegeca Augusto, 31 anos de idade, perdeu a vida, durante uma troca de tiros entre polícia e marginais, no Largo das Heroínas, município de Luanda, a relação entre PNA e taxistas havia deteriorado, mas numa jogada de mestre, o Ministro do Interior, Eugénio Laborinho sanou os ânimos com uma partida de futebol e cedência em andar no azul e branco a convite do Presidente da ANATA, Francisco Paciente.

O Ministro do Interior, Eugénio César Laborinho, demonstrou, na manhã de domingo, 19 de Junho, que num simples gesto se pode transformar grandes coisas.

Aquele dirigente num gesto invulgar deslocou-se na boleia de uma viatura Toyota Hiace, cor azul e branco, até às instalações do Estádio Nacional dos Coqueiros, onde participaria numa partida de futebol numa espécie de reconciliação entre o MININT e a ANATA.

Já no campo, Eugénio Laborinho, ladeado pelo Presidente da ANATA, Francisco Paciente e os membros do Conselho dos dois pelouros, com realce para Alexandre Canelas, Presidente do Inter clube, dava-se o apito para o início da partida.

O jogo terminou com a vitória dos taxistas que receberam o troféu das mãos de Eugénio Laborinho, mas na verdade o resultado não era o mais importante, mas sim a reconciliação e homenagem à memória do jovem taxista Alberto Lembegeca Augusto, dentro das festividades alusivas ao 43º aniversário do MININT, a assinalado no dia 22 de Junho.

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