JOVENS MORTOS POR EFECTIVOS DA POLÍCIA EM TALATONA SENTENÇA SERÁ CONHECIDA ESTÁ SEMANA

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O processo de homicídio a Luís Falcão e Helder Mateus Cavula, mortos no ano passado por efectivos da Polícia Nacional,  por alegadamente serem altamente perigosos, sofreu recentemente tentantiva  de extravio no tribunal, conforme denúncia dos familiares de uma das vítimas.

Leal Mundunde

A morte de Helder Mateus Cavula e Luís Falcão, aconteceu no dia 2 de Fevereiro do ano passado, na zona da Ponte Molhada, no muncípio de Talatona, em Luanda, por agentes da Polícia Nacional.
Naquela altura, o Porta-Voz da  corporação, em Luanda, Nestor Goubel, esclareceu que ambos foram mortos durante um confronto policial, precedido com denúncia anónima, de que miliantes estavam a cometer assaltos naquele perimetro.
Na versão da Polícia, antes de mortos, Helder e Luís, assaltaram e alvejaram mortalmente um cidadão que circulava no município de Talatona, uma história que os familiares dos malogrados consideram ser fabricada.
Pelo trabalho desenvolvido pelo Jornal O CRIME, apurou-se ainda no ano passado, que a versão da corporação deixava duvidas, pois, havia relatos de que os jovens não tinham registo criminal.
Sobre o suposto cidadão alvejado mortalmente por Helder e Luís, não conseguimos obter detalhes desta vítima.
A respeito da arma de fogo de tipo pistola de marca Macarov com o número de registo 1744029106, que Helder e Luís alegadamente transportavam, a nossa equipa de Reportagem apurou que não foi encontrada impressão  digital dos acusados.
As duas famílias, tão logo souberam do assunto, procuraram informações diante das autoridades do que se tinha passado, mas os dados obtidos não os convenceu, pelo que optaram em recorrer aos órgãos judiciais.
O despacho do tribunal de Comarca de Belas, datado do dia 17 de Abril de 2023, “ após dar entrada do processo,sofreu tentativas de extravio”, contou a  irmã de Helder Cavula.
A fonte, garante que o pior não aconteceu, pois, as duas famílias têm acompanhado permanentemente o processo junto do tribunal, o que permitiu que fossem alertados desta tentativa.
Os familiares dos malogrados contam que todas as provas que têm a disposição, estão devidamente protegidas para provar a inocência dos seus ente queridos.
No despacho confirma-se como arguidos,  Florindo Manhonga Flávio Rodrigues e Juelme Matongueiro Matias.julgados pelos crimes de  homicídio qualificado.
Tão logo os familiares souberam o nome dos agentes envolvidos na morte dos seus ente queridos, dizem que pesquisaram os seus perfis nas Redes Sociais. Depois da primeira audiência, os acusados removeram os seus perfis do facebook.
Passados um ano, os parentes não têm duvidas que os efectivos assassinaram as vítimas para se apropriarem dos seus meios.
A  irmã de Helder Mateus Cavula, Amarilda Craveia afirma que, até ao momento, todos os pertences das vítimas estão desaparecidos.
A título de exemplo, o dinheiro que Luís transportava na pasta, dado pelo pai, correspondente a 180 mil kwanzas, a motorizada que os transportava e os telemóveis dos malogrados, continuam em parte incerta.
Alguns vendedores ambulantes que testemunharam o episódio, contaram aos familiares, que durante o acto, foram coagidos  pelos efectivos da Polícia a abandorem o espaço.
Segundo autopsia, Luís Falcão, morreu por causa de uma lesão de centros nervosos, fractura de ossos do cránio, dilaceração encefalíca e ferida por projectil de arma de fogo.
Já o seu amigo Helder, morreu vítima de enemia aguda, ferimentos abdominais e vasos branquineos, hemorragia e feridas por projectil de arma de fogo.
Até a data dos factos, Luís Falcão tinha 23 anos de idade, enquanto que  Helder Cavula que estava em dia de aniversário, perdeu a vida aos 20 anos de idade.

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