KILAMBA KIAXI: AUTOMOBILISTAS AGASTADOS COM O PÉSSIMO ESTADO DAS VIAS

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 O mau estado das vias de trânsito das ruas Machado Saldanha e Olímpio Macuéria, no município do Kilamba Kiaxi, tem deixado preocupado os automobilistas, que clamam por uma intervenção 

Volvidos pouco mais de quatro anos, os munícipes e automobilistas mostram-se agastados com a paralização das obras de recuperação da ponte da rua Olímpio Macuéria, que desabou em consequência da chuva. O desabamento da ponte de ligação entre o bairro Palanca e o Neves Bendinha, em Fevereiro de 2019, tem causado vários constrangimentos aos automobilistas que por ali circulam com alguma frequência.

Na altura, a paralização das obras deveu-se ao início do tempo chuvoso, porém, até então carece de uma intervenção profunda, pois o tapete asfáltico se apresenta em péssimo estado, pese embora no ano de 2020 beneficiou de uma actividade de tapa buracos, levado a cabo pelos efectivos da unidade de trânsito, com objectivo de facilitar a fluidez rodoviária daquela circunscrição.

No Kilamba Kiaxi em particular, a administradora Naulila André, garantiu no início da sua administração, ser prioridade a melhoria das vias rodoviárias, enfatizando a reabilitação e recuperação das estradas secundárias e terciárias do município.

Os automobilistas apontam as constantes mudanças dos governadores e administradores como a principal causa do mau estado das vias. Fazem saber que a troca de titulares tem interferido na conclusão das obras, uma vez que as empresas encarregues são alteradas a cada consulado.

Na rua Machado Saldanha, no Neves Bendinha, é possível observar vários buracos ao longo da via, o que dificulta o trajecto de quem utiliza a rua como alternativa para chegar ao seu destino. Como se não bastasse, o rebentar das tubagens de água tem contribuído na curta duração do tapete asfáltico. Nesta via, como denunciam alguns moradores, as tampas das sarjetas são retiradas por indivíduos do alheio para fins desconhecidos, o que denota um autêntico perigo para os que circulam principalmente no período nocturno.

O que seria uma via rápida para quem sai do Avó Kumbi em direção aos congolenses, aproximadamente de sete minutos, acaba por demorar mais de 45 minutos, por conta mesmo dos buracos, que na tentativa de minimizar os danos das viaturas, os automobilistas são obrigados a escolher os lados menos esburacados, mesmo que isto implique atropelar a faixa contrária. E em consequência, o trânsito flui de forma lenta, fazendo com que automobilistas fiquem mais tempo no trânsito, deixando cheia as paragens de táxi, culminando na maior parte das vezes no atraso dos funcionários aos seus locais de trabalho.

Na Machado Saldanha, as águas paradas são um enorme problema, os sistemas de escoamento não funcionam e, alguns carros ficam presos nas sarjetas cuja as tampas são retiradas por desconhecidos. O trânsito faz-se congestionado quase sempre de manhã e no final da tarde, o que implica um maior esforço não só dos automobilistas como também de pedestres.

Em detrimento da Machado Saldanha, a rua Olímpio Macuéria carece de uma intervenção urgente. Por ser uma via estratégica e alternativa, a sua requalificação diminuirá o congestionamento das avenidas Pedro de Castro Vandunem Loy e Deolinda Rodrigues, que em benefício pouparia tempo aos automobilistas e todos aqueles que utilizam estas vias.

A imagem actual da Olímpio Macuéria, revela claramente falta de compromisso de quem administra a cidade capital. Há tanto que a via vem carecendo de intervenção. O asfalto praticamente não é extensivo ao troço, buracos existem a todo lado; os passeios para pedestres foram destruídos pelas as empresas que lá passaram. A ponte há mais de quatro anos que está abandonada e os automobilistas são obrigados a transitar de forma arcaica. Não há iluminação pública, o que tem gerado vários acidentes naquela via. 

Os amortecedores, rolamentos e pneus são as peças que mais danificam por conta mesmo do mau estado das vias, o que acaba pesando no bolso dos cidadãos a sua reparação. Os automobilistas reclamam que em média, trocam os amortecedores duas a três vezes por ano e, dizem não sentir os benefícios do pagamento do Imposto sobre Veículos Motorizados (IVM).

“Não tem sentido pagar o IVM”, declarou Paulo Alexandre, que durante o ano de 2022 trocou o par de amortecedores por duas vezes e viu-se obrigado a adquirir novos pneus para a sua viatura.

São muito os automobilistas que tencionam deixar de pagar o IVM, sobre pretexto de que beneficia apenas as instituições do estado, uma vez que não sentem de facto a canalização dos impostos a reparação das vias. “Pagamos, mas não usufruímos”, disse Fernando Zacarias, que a posterior lamenta o facto do estado não se responsabilizar pelos danos das viaturas causados pelo mau estado das estradas.

Numa altura em que se regista subida de preço dos produtos no mercado, face à desvalorização do kwanza, os automobilistas temem a continuidade da situação durante o período chuvoso e, de forma unânime clamam por uma intervenção urgente das vias em questão, para que também vejam suas vidas facilitadas, sob pena de não haver dinheiro para superar uma possível avaria do veículo. “As peças estão caras, não há dinheiro para tanto”, frisaram.

Para se ter uma ideia, um par de amortecedores de um Toyota Starlet, modelo antigo, chega a custar no mercado dos correios, no golfe, 80.000kz (oitenta mil kwanzas), que revela ser um gasto acrescido nas despesas dos automobilistas.

O governo de Luanda, para o ano de 2023 está a priorizar a conclusão de projectos que se encontram paralisados desde 2012 e, no que diz respeito a mobilidade, estão em carteira a recuperação de vias secundárias e terciárias, para maior fluidez no trânsito.

No Kilamba Kiaxi em particular, a administradora Naulila André, garantiu no início da sua administração, ser prioridade a melhoria das vias rodoviárias, enfatizando a reabilitação e recuperação das estradas secundárias e terciárias do município.

No entanto, passados oito meses, os munícipes e automobilistas não veem a materialização das promessas da administradora e apontam o mau estado das ruas adjacentes ao Bairro Palanca e Golfe como o denunciar de um péssimo trabalho. A título de exemplo, a rua do Angalo, que liga o Avó Kumbi a Olímpio Macuéria, que se encontra intransitável desde 2013. 

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