PROSTITUIÇÃO NO AVÓ KUMBI: ARMAZÉNS SÃO USADOS COMO PRÓSTIBULOS

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A prostituição no bairro Golfe, município do Kilamba Kiaxi tem ganhado destaque nos últimos meses, onde alguns armazéns localizados na paragem de táxi do Avó Kumbi são usados pelas prostitutas para a consolidação da actividade.

Maiomona Paxe

A actividade que outrora era realizada de forma discreta, por vergonha ou receio, hoje é praticada a céu aberto e sem nenhuma discrição. Na paragem de táxi do Avó Kumbi, onde habitualmente os táxis com destino ao Kimbangu e congolenses param para efectuar carga ou descarga de passageiros; é comum ver várias mulheres, desde adolescentes dos 16 e 17 anos e outras bem mais crescidas e com famílias constituídas, oferecer sexo em troca de valores monetários. 

Sem discrição nenhuma e de modo a atrair a clientela, as prostitutas neste local se apresentam de maneira tentadora, que fica difícil resistir só de observar. Por ser realizada no período noturno, algumas usam apenas cuecas e sutiãs, que desperta logo a atenção de quem passa, outras optam por vestir fatos de banhos, entre outras vestimentas adequadas a actividade. Neste posto de satisfação sexual, as mulheres com bumbum avantajado são as mais preferidas pelos clientes, o que leva várias delas a recorrerem a diferentes métodos para alcançar o tal bumbum, afim de faturar mais e mais, em menos tempo.

Sem discrição nenhuma e de modo a atrair a clientela, as prostitutas neste local se apresentam de maneira tentadora, que fica difícil resistir só de observar. Por ser realizada no período noturno, algumas usam apenas cuecas e sutiãs, que desperta logo a atenção de quem passa, outras optam por vestir fatos de banhos, entre outras vestimentas adequadas a actividade.

A feira do “Divórcio” como é conhecida pelos munícipes, localizado junto ao Centro Comercial do Golfe, que antigamente era o centro da prostituição, viu essa designação retirada, após as prostitutas fazerem dos armazéns de comércio de bens diversos, a nova placa do sexo. Nesta placa, como constatamos durante a reportagem, as trabalhadoras de sexo chegam a cobrar a “rapidinha” por um valor mínimo de 1.000kz (mil kwanzas), que dura cerca de cinco a sete minutos. Noutros casos, o preço varia de acordo ao bolso do cliente, sendo que para muitas delas, o desejo é apenas faturar, quer seja por valores mínimos ou superiores.

O sexo oral, conhecido na gíria como “broxe”, é praticado por 500kz (quinhentos kwanzas), valor que pode baixar de acordo as necessidades das prostitutas.

Segundo relatos no local, esta placa de sexo foi criada por mulheres que se dedicavam a trabalhos domésticos na feira do “Divórcio”, que devido ao baixo lucro das actividades que consistia em lavar louça, arrumar o espaço e servir os clientes, passaram a envolver-se sexualmente com fregueses que mostravam algum interesse e pagavam melhor. Actualmente, a actividade foi abraçada não só pelas adolescentes, como também por vendedoras ambulantes, vulgarmente chamado de “zungueiras”, que após a zunga, despem-se da capa de mulheres batalhadoras e vestem a safadeza de modo a aumentar a renda.

Ali a vergonha morre, pois, a luta pelo pão faz com que muitas nem se importem com os pedestres. O atentado ao pudor não faz sentido, lá, quanto mais indecente estiver, maior é o lucro. “Muitas ficam sem sutiã, apenas de cueca”, contou um interveniente, que acrescenta não ter como não ficar excitado.

A procura pelo dinheiro faz com que várias prostitutas naquele local, aceitem se relacionar com qualquer indivíduo, desde que pague pelos serviços. “Não importa muito o estado da pessoa, até indivíduos alcoolizados elas aceitam”. 

Taxistas, fregueses da feira do “Divórcio” e jovens que frequentam bares nas imediações, são os que mais procuram os referidos serviços para a satisfação sexual. O baixo preço é o principal motivo.

Na espera por clientes, num ambiente descontraído, todas demonstram ser amigas e felizes com a vida, porém, é apenas um semblante momentâneo para esconder a extrema pobreza que enfrentam. “Fazemos isso para sobreviver”, revelou uma trabalhadora de sexo que aceitou ser entrevistada. 

A péssima condição de vida é tida como o principal impulsionador desta actividade, que não só atira adolescentes para um mundo afundo, bem como senhoras idôneas com famílias constituídas, que na luta pela sobrevivência, deixam filhos e esposos à procura de homens que necessitam de sexo em troca de valores monetários.

SEGURANÇAS DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS FACILITAM A ACTIVIDADE SEXUAL

Por ser um local com fluência de pessoas e com vários estabelecimentos comerciais, desde bares, lanchonetes, roulotes e armazéns de produtos alimentares e diversos, a referida placa em parte se instalou devido a colaboração de seguranças destes estabelecimentos, que por troca de valores monetários, cedem o espaço às prostitutas.

Para facilitar a actividade das prostitutas no local, os seguranças começam por apagar toda iluminação externa dos armazéns, deixando a rua às escuras. As trabalhadoras de sexo são avistadas através da iluminação dos veículos que lá passam.

Os “operativos”, cumprindo à risca o ditado popular angolano “cabrito come onde está amarrado”, veem nisso uma oportunidade de aumentar suas rendas. Abrem as portas dos armazéns em troca de 300kz (trezentos) a 500kz (quinhentos kwanzas) por cada cliente que as prostitutas levam ao estabelecimento. Em casos de maior procura, os seguranças improvisam um espaço fora dos armazéns, onde cobrem com panos os espaços entre viaturas estacionadas e a parede dos estabelecimentos.

Só nesta actividade do sexo, sem contar com os valores do parqueamento das viaturas ao longo dos estabelecimentos, os seguranças escalados, chegam a faturar pelo menos 8.000kz (oito mil kwanzas) por noite. Estes valores são pagos pelas prostitutas de uma só vez ou de forma faseada.

Pela proximidade e falta de discrição, os seguranças veem-se obrigados a ouvir gemidos dos praticantes e, em alguns casos chegam a presenciar o acto. Porém, não se mostram constrangidos, pois o dinheiro é o único meio que parece ser mais importante para eles.

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