LADRÕES PASSAM-SE POR POLÍCIAS PARA FURTAR MOTORIZADAS
O SIC-Maianga deteve um grupo de suspeitos, naquele Distrito Urbano, que furtava motorizadas, usando o fardamento da Polícia como disfarce engenhoso para as suas acções.
Liberato Furtado
Os detidos, um conhecido por Bebucho ou Osvaldo, de 40 anos, outro chamado por Nelo ou Nelasta, 30, e o último tratado por Sólo, 45, segundo as nossas fontes, confessaram serem os autores do furto de várias motorizadas de marcas e modelos diferentes, no Distrito Urbano da Maianga, e reconhecem que um outro elemento, apenas conhecido por Paizão, que se encontra à monte e que tem em sua posse uma motorizada de marca Keweseki com a cor preta, também tem envolvimento nos crimes.
Os fiéis compradores das motorizadas furtadas, de acordo com as fontes, são os jovens que fazem o serviço de mototáxi, enquanto que as vendas, soube o O CRIME, eram realizadas no município do Cazenga, cujo valor de cada uma rondava à volta dos 180 a 200 mil kwanzas.
Em ressentimento, o Superintendente Fernando de Carvalho, porta-voz do SIC-Luanda, salienta que “o órgão continua firme no combate à criminalidade, desdobrando força operativa e inteligência criminal seguindo os trâmites legais para o bem-estar das populações“. Por isso, aconselha aos cidadãos a pautarem sempre por condutas socialmente aceitáveis, “visando uma sociedade melhor para se viver.”
O SIC-Luanda, procurado por nós e na palavra do seu porta-voz, Fernando de Carvalho, detalhou-nos os factos. “As acções sucediam quando o primeiro identificado posicionava-se fardado a rigor com a farda n.° 3 da Polícia Nacional de Angola e permanecia em qualquer ponto da cidade à sua escolha. Identificava a vítima, interpelava-a e passava-se por passageiro (cliente), pedia que fosse levado a uma agência bancária, com maior realce ao Bairro Alvalade, informando ao mototaxista que precisava fazer o levantamento de dinheiro para o tratamento de saúde da mãe do seu chefe ou comandante”.
Em acto contínuo e combinado, “o segundo identificado, o cabecilha, ligava para o suposto polícia, após sinal recebido, em forma de ralhetes, e este, por sua vez, passava o telemóvel ao mototaxista, alegando ser o Comandante ao telemóvel apenas para confirmar que a tarefa está a ser cumprida. De seguida, o suposto polícia pedia ao mototaxista para que lhe passasse o volante, até porque é permitido por estar fardado e também para facilitar, porque não seria interpelado nas barreiras policiais. Depois de estar ao volante, levava o meio a um ponto a escolher do bairro Alvalade, pedia ao mototaxista para ir tirar uma fotocópia de qualquer papel e, no mesmo instante, consumava o furto”, concluiu o porta-voz.
Contam as nossas fontes que, depois do furto consumado, cabia ao terceiro identificado adulterar as características das motorizadas furtadas e fazer a consequente procura de clientes. Para a venda, forjavam facturas e um termo de entrega falso, cabendo a quem comprasse legalizar a mota em seu nome.
Destacamos ainda que as facturas em causa pertenciam a uma antiga loja falida, em que o terceiro identificado, Sólo, o único dos três que não teve passagem na Polícia, trabalhou e com o seu encerramento as guardou e utilizava para esse fim.
No SIC- Maianga, foram apreendidas três motorizadas, sendo duas de marca Apollo, cor preta, uma Lingken vermelha, bem como diversos modelos de facturas usadas para facilitar a legalização dos meios furtados, um par de farda n.°3 da Polícia Nacional, sempre usada para o cometimento dos crimes.
Em ressentimento, o Superintendente Fernando de Carvalho, porta-voz do SIC-Luanda, salienta que “o órgão continua firme no combate à criminalidade, desdobrando força operativa e inteligência criminal seguindo os trâmites legais para o bem-estar das populações“. Por isso, aconselha aos cidadãos a pautarem sempre por condutas socialmente aceitáveis, “visando uma sociedade melhor para se viver.”