Assalto à escola: Alunos em classe de transição têm as pautas condicionadas
“Documentos pessoais de professores e alunos, pautas de classes de transição e o trabalho inicial da avaliação dos finalistas foram todos destruídos durante um assalto o corrido no Complexo Escolar n°9020, sito no bairro Calemba 2, município de Talatona.
Jurelma Francisco
De cardo com a directora da instituição de ensino, Cecília José, o Complexo Escolar n°9020, sofreu dois assaltos consecutivos nos dias 9 e 11 do mês de Julho. “Com a morte do segurança, há oito meses, a instituição tornou-se vulnerável a assaltos e vandalismo”, disse.
Dentre os prejuízos causados, a directora da Instituição adiantou que, “além dos documentos pessoais dos professores e alunos, também destruíram pautas de classes de transição e o trabalho inicial de avaliação dos finalistas”, descreveu aquela responsável.
No primeiro dia que os marginais assaltaram aquela instituição, levaram fios eléctricos, motor de ar condicionado e partiram os armários na intenção de encontrarem dinheiro. Já no segundo assalto, quebraram os vidros das janelas e as portas do gabinete, sala da directora-geral, do director pedagógico, das secretarias e das salas de aulas.
Agastados com a situação, a direcção da escola diz já ter colocado o caso às autoridades competente “entregamos o caso à Polícia. Por volta das 19 horas, do dia 11, fomos embora, ficamos seguros porque deixamos a polícia fazer o seu trabalho. Mas, Infelizmente, os bandidos voltaram naquela mesma noite”. Lamentou.
Quanto à segurança do local, a directora afirma que, “depois da morte do segurança, a instituição conta apenas com dois seguranças só para o período diurno. Das 7 até às 16h30”, disse.
Face à situação crítica que vivem, Cecília José alega que “eles não podem ficar mais tempo, também não posso obrigar passar à noite aqui, porque se o segurança armado foi morto e levaram a arma, imagina um segurança que não tem consigo pelo menos uma arma letal?”, indagou visivelmente apreensiva.
Alunos e encarregados preocupados com a
situação
Um grupo de alunos e encarregados, entre eles, a senhora, que vamos identificar apenas por Cândida, por receio de represaria por parte dos marginais que ainda se encontram impune, mostrou-se completamente agastada com a situação,
“Estamos tristes e preocupados com essa situação, por isso, pedimos que a escola ou o Governo responsabilize-se”, apelou, para depois recordar a morte do segurança ‘Tio Chiquito’, como era carinhosamente tratado pelos alunos e encarregados.
“Depois da morte do segurança, a directora raramente aparece na instituição, acreditamos que seja por medo dos marginais e os nossos filhos são os únicos a saírem a perder nesta história “, lamentou a encarregada de educação.
Dias após os assaltos
A responsável da instituição reuniu com os funcionários, onde foram impostas algumas exigências,” pediram-me melhoramento nas condições de trabalho e segurança devido aos riscos que corremos”, contou.
Para materializar a intenção, a directora prometeu levar a informação com máxima urgência à direcção municipal a qual a escola responde, com o introito de tomarem uma posição em relação ao trabalho de conclusão do ano lectivo, principalmente para as classes de exames.
Questionada sobre aqueles estudantes que não estiverem entre as notas recuperadas, Cecília José, explicou “vou reunir novamente e ver essa questão com a área administrativa, neste momento estamos de braços atados, não consigo perceber como numa calada da noite os amigos do alheio conseguiram levar e vandalizar tantos arquivos e mobiliários, sem a vizinhança se aperceber”, exclamou.
O caso já é do conhecimento do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e do Comando Provincial de Luanda, mas… “Estão a fazer o seu trabalho, mas até o momento não temos nenhuma pista”, lamentou a directora.
Segundo o porta-voz do Comando Provincial de Luanda, Nestor Goubel, tomaram conhecimento do vandalismo na referida escola por intermédio do Comando municipal do Kilamba Kiaxi, no dia 10 deste mês.
“Os presumíveis autores encontram-se foragidos, mas as diligências estão já em curso”, contou, para depois acrescentar que há um grupo de especialistas, investigadores de ilícitos penais em coordenação com o Serviço de Investigação criminal (SIC) e os efectivos da Polícia da Ordem Pública a diligenciar o caso e já existe elementos de um grupo de marginais na mira da investigação que está a ser feito um trabalho profundo para se chegar a prova de envolvimento no crime e consequentemente a detenção e julgamento.